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Arte

Mural sobre Lendas Amazônicas é inaugurado em comunidade de Manaus neste sábado (10)

Comunidade ganha mural da pesquisa de Lendas e Mitos Amazônicos do artista urbano indígena Gnos Am

Foto: OBR ENTER - Ricardo Zugo

A comunidade periférica do Parque Residencial Gilberto Mestrinho (Prosamim), ganha mural da pesquisa de Lendas e Mitos Amazônicos do artista urbano indígena, Gnos Am, neste sábado (10).

Com 100 metros quadrados, técnicas de Graffiti e elementos visuais imersivos, a obra que se chama ‘A Energia da Floresta’ conta a lenda indígena de Cereçaporanga, uma versão comovente da origem do Guaraná da Amazônia.

A inauguração acontece a partir das 16h, no local da obra, que fica no Beco Do Trab, 121, Cachoeirinha, no Campo de Futebol do Prosamim Gilberto Mestrinho I, zona Sul.

Na ocasião, a comunidade recebe a entrega, feita pela equipe do projeto, além de contar com discotecagem e distribuição de lanche para as crianças que moram no local.

A realização da obra é totalmente independente e faz parte da pesquisa do artista, executada há 10 anos. Antes da realização em Manaus, outros dois trabalhos foram feitos em São Paulo (SP), com empenas que contam as lendas do folclore amazônico: Boiuna e Vitória Régia.

O intuito de trazer uma lenda para ser estampada nas paredes de uma área periférica da cidade é repassar a herança deixada pelos povos originários, o que despertou o interesse do artista pelo tema.

“Eu escutava meus avós e minhas tias falarem sobre lendas que existiam no interior, isso me despertou para iniciar minha pesquisa e narrar essas lendas através da minha arte. O folclore está no nosso sangue e é uma herança ancestral, eu escutei quando era criança e estou repassando por meio da arte urbana.”, afirma Gnos Am.

A necessidade de promover cultura e conhecimento dos saberes ancestrais, através da arte urbana, é apontada como o grande objetivo por Huilame Junior, representante do projeto que é o principal apoiador da ação, Crianças do Guetto.

“Muitas vezes visam ações como essa apenas para estampar avenidas, mas queremos descentralizar e trazer para a periferia. É a segunda vez que um grande mural é realizado aqui, agora com o propósito de deixar viva a memória dos nossos ancestrais para as crianças. Nas periferias, temos grande parte da população indígena e afro, estamos celebrando nossas raízes e ensinando as crianças a fazerem o mesmo”.

A execução do mural na capital amazonense tem produção assinada pela articuladora amazonense, Flavinha Alessandra, por meio do Conexo Arte Cultural, além de parceria com Tintas Suvinil e Pincéis Atlas, os restaurantes locais Angatu Café e JSK Burgers e a assessoria de imprensa de artistas Giuliana Fletcher, da Glam Art Press.

Nos próximos meses, Gnos Am segue a abordagem desta temática, em São Paulo, onde uma nova lenda será contada. Para acompanhar e apoiar o trabalho do artista, siga-o nas redes sociais (@gnos.am).

A origem do Guaraná e a história comovente de Cereçaporanga

A jovem Cereçaporanga, deusa da beleza do povo Sateré-Mawé, teve a morte como resultado do trágico romance com um guerreiro da aldeia rival. Então, a deusa Jaci imortalizou a jovem por meio de uma planta, com sementes do Guaraná, que lembram os olhos negros da indígena. O uso para consumo potencializa energia e força, tornando-se um principal símbolo da Amazônia.

*Com informações da assessoria

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