A densa fumaça que encobriu Manaus nos últimos dias voltou a aparecer na tarde desta quinta-feira (29), após a qualidade do ar ter apresentado uma melhora nesta manhã.
No início desta tarde, vários bairros de Manaus apresentaram a qualidade do ar “péssima”, como foi o caso do Dom Pedro, Morro da Liberdade e Colônia Oliveira Machado.
Nos bairros Santo Agostinho, Aparecida, Parque Dez de Novembro, Aleixo, Cidade Nova, Colônia Terra Nova e Chapada, a qualidade do ar é considerada “muito ruim”.
Em entrevista ao Em Tempo, a pesquisadora do Inpe, Karla Longo, destacou que é esperado que a fumaça perca força nos próximos dias.
“A previsão é que a fumaça comece a se dissipar em Manaus no próximo dia 30, pelo que eu estou vendo. É importante destacar que a qualidade do ar irá melhorar, mas a floresta ainda continuará queimando, se não houver mobilização”, disse a especialista.
A fumaça é oriunda dos focos de queimadas na região amazônica, intensificados pela estação seca. Especialistas alertam que, além dos danos ambientais, a fumaça pode causar problemas respiratórios, especialmente em pessoas com condições pré-existentes e em crianças.
Estiagem 2024
O governador Wilson Lima declarou, na quarta-feira (28), durante reunião do Comitê de Enfrentamento à Estiagem, Situação de Emergência nos 62 municípios amazonenses por conta dos efeitos da estiagem que atinge o estado, ao assinar um novo decreto que alcançou 42 cidades.
No dia 5 de julho, o governador já havia assinado decreto de Situação de Emergência para 20 cidades das calhas do Juruá, Purus e Alto Solimões. Na reunião também foi assinado um decreto que declara situação de Emergência de Saúde Pública, atendendo recomendação do Ministério da Saúde.
“Desde o início do ano estamos mantendo uma interlocução com o Governo Federal, mostrando o que os nossos especialistas tinham como previsão para este ano e, infelizmente, tem se confirmado e ao que tudo indica teremos uma seca muito grave. Só no Alto Solimões, o rio está 60 centímetros abaixo do mesmo período do ano passado. O Rio Negro está a 4 metros abaixo do mesmo período do ano passado. Tudo indica que os rios vão baixar como nunca baixaram antes”, relatou Wilson Lima.
Até esta quarta-feira, de acordo com a Defesa Civil do Amazonas, 77.499 famílias já haviam sido afetadas pela estiagem no estado. No âmbito da assistência humanitária, cerca de 730 toneladas de alimentos já foram distribuídas para municípios do interior.
Também já foram instalados 24 purificadores de água, sendo 10 deles direcionados para a calha do Alto Solimões, além do envio de 100 caixas d’água para melhorar o acesso à água potável.
Os decretos terão validade de 180 dias e entram em vigor a partir da data de publicação no Diário Oficial do Estado (DOE-AM).
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