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estiagem 2024

Trecho do rio Solimões no AM tem menor nível da história 

Estiagem severa pode isolar municípios, como Benjamin Constant e Atalaia do Norte

Alto Solimões é a entrada no Brasil do rio, que desce rumo às proximidades de Manaus através de Médio e Baixo Solimões
Alto Solimões é a entrada no Brasil do rio, que desce rumo às proximidades de Manaus através de Médio e Baixo Solimões. Foto: Divulgação/SGB

O rio Solimões apresentou, nesta sexta-feira (30), o menor nível já registrado na história. A cota foi de -0,94 metro em Tabatinga (distante 1.106 quilômetros de Manaus), na calha do Alto Solimões.

O número é negativo por estar abaixo da régua de medição, que é monitorada pelo Serviço Geológico Brasileiro (SGB) desde o fim da década de 70. Os números, portanto, indicam ser a maior seca dos últimos 40 anos.

As duas piores marcas no Alto Solimões aconteceram no fim do processo de vazante: em 2010, no dia 11 de outubro, o nível atingiu -0,86 metro; em 2023, a régua marcou -0,76 metro, no dia 23 de outubro.

O percurso do rio Solimões é dividido em três trechos, chamados de “calha”. O Alto Solimões é a entrada no Brasil do rio, que desce rumo às proximidades de Manaus através de Médio e Baixo Solimões.

Isolamento

A estiagem severa pode isolar municípios, como Benjamin Constant e Atalaia do Norte (distantes 1.119 e 1.136 quilômetros da capital). As duas cidades são dependentes do rio Solimões para receber todo o tipo de mantimento, incluindo remédio e alimentos.

“Estamos muito apreensivos. Já há produtos essenciais com preços ficando caríssimos. Água, por exemplo, pesa muito, ocupa espaço e o preço não é caro, então os barcos não querem mais trazer os galões para a cidade”, explicou o secretário-executivo de Defesa Civil de Benjamin Constant, Ricelly Dacio, ao g1.

Estiagem

De acordo com o último Boletim Estiagem do Governo do Amazonas, divulgado nesta sexta-feira (30), mais de 300 mil pessoas já são afetadas pelo fenômeno.

O governador Wilson Lima declarou situação de emergência para os 62 municípios amazonenses por conta dos efeitos da estiagem. No dia 5 de julho, ele já havia assinado o decreto de situação de emergência para 20 cidades e na última quarta-feira (28), ampliou para mais 42.

No âmbito da assistência humanitária, 737,1 toneladas de alimentos foram distribuídas para as regiões mais afetadas. Para atender as famílias afetadas, o governo também já instalou 25 purificadores de água, sendo 10 deles direcionados para a calha do Alto Solimões, além de enviar 100 caixas d’água para melhorar o acesso à água potável.

*Com informações de g1

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