Fiéis ucranianos participavam de uma missa na catedral de St. Michael em Kiev, na véspera de Natal desta terça-feira (24), quando foram surpreendidos por sirenes que alertavam a população sobre um possível ataque aéreo.
Na cidade de Kryvyi Rih, no centro da Ucrânia, uma pessoa morreu e outras 15 ficaram feridas após um ataque com mísseis balísticos atingir um prédio residencial.
Moscou está pressionando a linha de frente de 1.000 km ao longo do leste e sul da Ucrânia quase três anos após sua invasão em larga escala.
A maioria dos ucranianos são cristãos ortodoxos, e a principal igreja do país concordou em 2024 em descartar o dia 7 de janeiro como o dia da celebração – trocando-o por 25 de dezembro.
Para muitos fiéis, celebrar o Natal no dia 25 de dezembro significa não apenas unir-se ao Ocidente, mas também distanciar-se da Rússia.Play Video
Entenda a Guerra entre Rússia e Ucrânia
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin. Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.
Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.
As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.
O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.
A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.
O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.
*Com informações da CNN Brasil
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