Declaração Bolsonaro pede que supermercados tenham ‘menor lucro possível’ em alimentos O chefe do Executivo fez um apelo principalmente em relação aos produtos da cesta básica Em Tempo* - 09/06/2022 às 17:2509/06/2022 às 17:25 Divulgação Brasília (DF) – O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou hoje, de forma virtual, do Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, promovido pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados). O chefe do Executivo fez um apelo principalmente em relação aos produtos da cesta básica. “O apelo que eu faço aos senhores, para toda a cadeia produtiva, é que os produtos da cesta básica, cada um obtenha o menor lucro possível, para a gente poder dar uma satisfação a uma parte considerável da população, em especial os mais humildes”, disse. Bolsonaro reclamou de ser visto como culpado pela “inflação e aumento dos gêneros alimentícios”. O presidente deu exemplos de medidas do governo, como as relacionadas a combustíveis, e fez uma lista de pautas defendidas por ele. “É um apelo pela nossa economia, para que nós possamos, ao continuar o governo, mostrar a vocês que nós não queremos, por exemplo, revogar a reforma trabalhista. Nós não queremos mais que se use o nosso BNDES para emprestar para ditaduras. Nós não queremos valorizar o MST da forma original. Não queremos uma campanha de desarmamento da população. Nós reconhecemos e valorizamos os militares”, afirmou, em tom eleitoral, falando ainda de liberdade religiosa, de imprensa e expressão. O presidente Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, têm conversado com o setor nos últimos dias para tentar sensibilizar sobre a alta dos preços. Nesta semana, durante entrevista ao SBT, o presidente afirmou que já tem conversado com lideranças dos supermercados sobre o tema. Em nota, a Abras afirmou que se reuniu com o ministro Paulo Guedes na última terça-feira (7) e pediu a isenção de impostos dos produtos da cesta básica e a desoneração da folha de pagamento. Ainda segundo o texto, mais de 50 varejistas participaram do encontro e teriam se comprometido a “repassar ao consumidor qualquer redução que houver na cadeia produtiva.” Um levantamento realizado pelo UOL mostrou que, apesar de a inflação ter desacelerado no mês passado, ela ainda acumula alta de 11,73% em 12 meses. Só os alimentos e bebidas subiram 13,51% desde maio de 2021. Considerando apenas os produtos da cesta básica, a disparada foi ainda maior, com altas que chegam a mais de 67%. Apenas o arroz teve queda (-10,27%) no período. *Com informações do Uol Leia mais: Câmara aprova projeto que impede cobrança de ICMS sobre custo adicional de energia ‘Começou a descer’, diz Guedes sobre inflação de maio Entenda como o 5G mudará a economia brasileira Entre na nossa comunidade no Whatsapp!