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Amazonas ultrapassa R$ 1 bilhão em vendas de imóveis em 2021

Houve um aumento no número de vendas de imóveis e de lançamento de unidades em 2021, sendo os melhores índices da série histórica do Amazonas

Foto: divulgação

Manaus (AM) – Com o aumento no número de vendas de imóveis no Amazonas, o setor movimentou mais de R$ 1 bilhão ao longo do ano de 2021. Além disso, também houve um crescimento dos lançamentos de imóveis no ano passado, sendo o melhor índice da série histórica do estado, segundo especialistas. Apesar dos números continuarem positivos durante o ano de 2022, a previsão é de uma pequena queda de vendas e de lançamentos.

Para o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas (Ademi-AM), Albano Maximo, esse crescimento de vendas de imóveis e de lançamentos, durante 2021, é positivo para o Produto Interno Bruto (PIB) e para a geração de empregos no Amazonas.

“O ano de 2021, tanto em lançamento de unidades quanto em vendas, foi o melhor ano da nossa série histórica. Isso quer dizer que para este ano de 2022 será garantida a criação de empregos, gerada por essas vendas acontecidas.  O PIB da constituição também de certa forma está garantido”, explica Albano Maximo, presidente da Ademi.

De acordo com as informações do estudo Indicadores Imobiliários do 4º trimestre de 2021, divulgado nesta quinta-feira (24) pela Ademi-AM, houve um crescimento de 7,7% no número de vendas de imóveis em 2021, resultando em um valor que ultrapassa R$ 1 bilhão.

A pesquisa se baseia em uma análise e na coleta de dados de 34 empresas incorporadoras do Amazonas e indica que o segundo trimestre do ano passado obteve uma série histórica em vendas de imóveis novos.

O diretor da Ademi, Henrique Medina, acredita que o crescimento no número de lançamentos representa um bom sinal e indica a confiança do empresário em relação ao mercado. “A partir do momento que você disponibiliza novos produtos no mercado, as pessoas acreditam que esses produtos vão ser vendidos”, afirma.

Entre os meses de abril e junho o mercado faturou um montante de R$ 304 milhões. O mais próximo desse número aconteceu no terceiro trimestre de 2020, com um valor de R$ 297 milhões. Enquanto que o terceiro trimestre de 2021 registrou R$ 274 mil em número de vendas, uma redução de 9,8%, em relação ao trimestre anterior.

Lançamentos

No que diz respeito ao número de lançamentos de empresas, 2021 registrou bons indícios, com mais 16 novos empreendimentos, sendo um aumento de 8,8% em comparação ao mesmo período de 2020.

O ano de 2020 também registrou um valor superior ao de 2019, com 14 novos empreendimentos, uma alta de 28,9%. Nos últimos quatro anos, o volume de novos lançamentos foi crescente, principalmente em 2021, que lançou 4.413 unidades de imóveis.

Já no quarto trimestre de 2021, houve uma alta de 16% de unidades vendidas de imóveis em comparação ao mesmo período de 2020, que alcançou no total de vendas R$ 291 milhões.

O Valor geral de Vendas (VGV), que é a soma de todos os imóveis vendidos, nos bairros Parque Mosaico; Ponta Negra; Tarumã; Lago Azul; Colônia Terra Nova e Novo Aleixo chega a 72,8% no quatro trimestre de 2021.

Vendas em 2022

Ao mesmo tempo que os números do mercado são animadores, o presidente da Ademi, Albano Maximo, enfatiza que houve uma redução no número de vendas de imóveis e de lançamentos nos últimos dois trimestres, em razão do aumento de insumos e de juros.

Como consequência, as vendas de alguns produtos podem sofrer uma pequena diminuição neste ano de 2022, porém outros como o programa Casa Verde e Amarela devem ter um crescimento por meio de benefícios ofertados por órgãos públicos.

“Neste ano, o que se espera é que tenha uma diminuição de vendas de outros produtos e um incremento no número de unidades do Casa Verde e Amarela. Isso porque alguns gargalos estão sendo superados, pois o governo federal está trabalhando no aumento do subsídio para minimizar essa diferença entre o bolso do comprador e o custo da construção aumentado. Inclusive deve sair agora entre março e abril. Isso aí deve fomentar vela, pois há mercado e necessidade de imóveis”, diz o presidente.

O diretor da Ademi, Henrique Meida, também explica que 2022 vai ser um ano de muitos desafios porque o recurso, emprestando para os clientes e para os incorporadores para a aquisição desses produtos, vêm com juros muito altos, ainda mais os recursos financiados pela poupança. Mesmo assim, as previsões apontam para um número de vendas similar ao de 2021.

“Acreditamos ainda em um ano interessante. Nossas projeções são de um ano, no mínimo, igual ao ano de 2021, em termos de venda, e em termos de lançamento talvez um pouco melhor. O mercado é resiliente e procura desenvolver produtos alinhados com que o mercado está necessitando”, informa o diretor.

O desempenho do mês de janeiro de 2022, segundo o estudo da Ademi, mostrou números prósperos de vendas de imóveis novos, alcançando um faturamento de R$ 91 milhões. Os bairros que mais se destacaram no VGV vendido por bairro foram: Ponta Negra, com R$ 23,614 milhões, seguido do bairro Parque Mosaico, com R$ 21,902 milhões, e o bairro Adrianópolis, com R$ 8,786 milhões.

Janeiro é um mês que geralmente as vendas não são tão altas, porém esse mês de janeiro foi bom. Então começamos com o pé direito em termos de vendas. Porém, em termos de financiamentos houve uma redução, em comparação ao mês de dezembro. Já em comparação ao mês de janeiro do ano passado houve um incremento”, explica o diretor da Ademi.

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