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Reação contra Policia Federal

Roberto Jefferson troca tiros e atira granadas contra a Polícia Federal

A PF suspeita que o ex-deputado tenha lançado três granadas na direção dos agentes. Segundo fontes da PF, dois policiais ficaram feridos

Roberto Jefferson
Ex-deputado atirou contra Policias Federais (Foto: Reprodução Redes Sociais)

Rio de Janeiro (RJ) – O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), que cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, foi alvo neste domingo (23) de uma ação da Polícia Federal a pedido de Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), porém, Jefferson reagiu à abordagem e atirou contra os policiais, numa ação de total descontrole. As informações são da Folha de São Paulo.

A PF suspeita que o ex-deputado tenha lançado três granadas na direção dos agentes. Segundo fontes da PF, dois policiais ficaram feridos, sendo que a policial foi levada desacordada para o hospital, mas tinha sinais vitais. Ainda não há informação de como eles teriam sido atingidos, mas há suspeitas de que teriam sido feridos por estilhaços.

Até 15h50, Jefferson ainda não tinha sido preso e estava em sua casa, mesmo lugar em que a polícia chegou para cumprir a ordem de Moraes.

Anderson Torres, ministro da Justiça, está a caminho do Rio, por determinação de Jair Bolsonaro para por fim à situação que pode “respingar no governo”.

Nota da Policia Federal

Por meio de nota oficial, a PF afirmou no meio da tarde deste domingo que “na ação, dois policiais foram feridos por estilhaços de granada arremessada pelo alvo e levados imediatamente ao pronto-socorro” e que “após o atendimento médico, ambos foram liberados e passam bem.

“Eu não vou me entregar. Eu não vou me entregar porque acho um absurdo. Chega, me cansei de ser vítima de arbítrio, de abuso. Infelizmente, eu vou enfrentá-los”, diz Jefferson em vídeo gravado dentro da casa do próprio ex-deputado.

Em outro vídeo, o para-brisa do veículo da PF aparece estilhaçado. “Mostrar a vocês que o pau cantou. Eles atiraram em mim, eu atirei neles. Estou dentro de casa, mas eles estão me cercando. Vai piorar, vai piorar muito. Mas eu não me entrego”, afirma.

A operação ocorre um dia após Jefferson xingar a ministra Cármen Lúcia, ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), e a comparou a “prostitutas”, “arrombadas” e “vagabundas” em um vídeo publicado por sua filha Cristiane Brasil (PTB) nas redes sociais.

O advogado do PTB Luiz Gustavo Cunha disse à reportagem que o último contato que teve com Jefferson foi no sábado (22) à noite.”Ele [Jefferson] vem dizendo ‘que não vai mais ser preso, que na casa dele não entra mais mandado do Xandão'”, disse. “O ministro Alexandre de Moraes mandou uma viatura para prendê-lo hoje pela manhã, domingo, o que é ilegal.”

Sobre os eventuais disparos e lançamentos de explosivos na direção dos policiais federais, Cunha afirmou que ainda não tinha detalhes.

O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), publicou nas redes sociais um texto em que repudia a “ação armada” do aliado e ex-deputado de Roberto Jefferson.

O presidente afirmou ainda que determinou a ida do ministro da Justiça, Anderson Torres, ao Rio de Janeiro para acompanhar o andamento do episódio.

Segundo a coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o STF recebeu informações de que o ex-deputado bolsonarista aumentaria o tom de seus ataques às instituições. Em prisão domiciliar, Jefferson manteria ainda um arsenal de armas em sua casa de forma irregular.

A decisão de prendê-lo foi tomada porque, a partir de terça-feira (25), ele não poderia mais ser detido, como determina a lei eleitoral. Segundo esta regra, ninguém pode ser preso a não ser em flagrante cinco dias antes das eleições.

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