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PIB do Amazonas registra R$ 116 bi e estado tem uma das menores quedas do Brasil em 2020

Participação dos setores ficou dividido em Serviços (47,41%), Indústria (30,89%), Impostos (17,29%) e agropecuária (4,41%)

Divulgação

Manaus (AM) – O Estado do Amazonas apresentou Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 116 bilhões e sua participação na economia nacional foi de 1,52% em 2020, no primeiro ano da pandemia. Os dados foram divulgados pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), nesta quarta-feira (16).

A Indústria teve variação positiva de 0,72% no seu volume de produção e a participação dos setores, mais impostos no PIB do Amazonas em 2020 ficou divido em: Serviços (47,41%), Indústria (30,89%), Impostos (17,29%) e agropecuária (4,41%).

O titular da Sedecti, Angelus Figueira, destacou a estratégia do Governo do Amazonas para alcançar os números. O estado teve uma das menores quedas em comparação com as 27 Unidades da Federação.

“E isso deu-se em virtude também das medidas de estímulo econômico do Governo do Estado para reduzir os impactos da pandemia da Covid-19. A perspectiva é avançarmos em todos os setores e, para isso, por orientação do governador Wilson Lima, estamos discutindo novos vetores que potencializem nossa matriz econômica”

, informou Figueira.

Polo Industrial de Manaus (PIM)

Os dados apontam que a Indústria do Amazonas registrou variação positiva de 0,72% no seu volume de produção em 2020, R$ 35,8 bilhões em valores nominais, sendo influenciado pela Indústria de Transformação, principal atividade industrial do estado, cuja variação em volume foi de 1,60%.
A atividade de Indústria de Transformação somou R$ 26,4 bilhões, crescimento de 11,06% em relação ao ano de 2019, que foi de R$ 23,8 bilhões. O setor é de suma importância, uma vez que contribuiu para a manutenção dos empregos no Polo Industrial de Manaus (PIM), que cresceu 10,20% na comparação entre 2020 e 2019.

Em valores nominais, o valor adicionado bruto da Indústria foi R$ 35,8 bilhões e ganhou participação, já que seu valor foi equivalente a 30,89% da economia do estado (30,49% em 2019).
A indústria Extrativa foi a atividade que apresentou a maior queda nominal entre as quatro atividades que compõem a indústria, cuja queda foi de 27,16% e valor de R$ 1,1 bilhão em 2020 e R$ 1,6 bi em 2019. Essa queda está associada à redução da produção de Petróleo (-15,23%) e Gás Natural (-11,02%).

Serviços

O setor de Serviços representa a maior parcela da economia do Amazonas, com participação de 47,41% em 2020 (48,78% em 2019) e foi o grupo que mais contribuiu para a redução do PIB do estado, já que registrou queda em volume de 3,70%.

Entre as atividades que mais influenciaram a redução no volume do Serviços, estiveram Alojamento e Alimentação (-25,99%) e Transporte, Armazenagem e Correio (-16,93%) e Administração Pública (-6,70%).
Ressalta-se que, em Transporte, Armazenamento e Correio a queda vinculou-se principalmente à redução do transporte rodoviário de passageiros, enquanto o transporte rodoviário de carga teve aumento.

Apesar da retração em volume verificada em Serviços, algumas medidas de estímulo econômico para reduzir os impactos da pandemia da Covid-19 sobre a atividade econômica e o consumo, resultaram em crescimento em volume de algumas atividades no Estado do Amazonas, como Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, que tiveram variação positiva e igual a 5,42%.

Os impostos tiveram um crescimento de 14,91% em seu valor nominal na comparação entre os anos de 2020 e 2019. Na média dos últimos oito anos, os impostos cresceram 5,31%.
O destaque vai para a receita tributária, que cresceu 7,27% entre 2020 e 2019 e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com aumento de 7,61%.

Outros números

De acordo com os números do Governo do Amazonas, a variação em volume do PIB (quantidade produzida, por exemplo, quantidade de motos, toneladas de abacaxi, etc.), entre 2019 e 2020, foi de -1,69%.

Já a agropecuária amazonense apresentou variação em volume de -0,22% em 2020 e seu valor adicionado bruto foi em R$ 5,1 bilhões, o que representou 4,41% da economia do estado (4,59% em 2019).

Dos produtos da agricultura, tiveram reduções em volume as produções de abacaxi (-37,82%) e mandioca (-19,06%). A mandioca historicamente tem a maior participação no setor e em 2020 foi 30,10%, o que significa que qualquer variação no produto tem um impacto significante para o Amazonas.

Na pecuária a variação em volume foi de -0,71% e em Produção Florestal, pesca e aquicultura, de -0,10%.
A variação em volume no açaí foi de (13,30%) e bovinos (4,06%). A participação destes no segmento da agropecuária foi de 6,42% para o açaí e 9,51% para os bovinos.

Por que o PIB é de 2020?

O PIB é a soma de todos os bens e serviços somados aos impostos, e permite analisar as dinâmicas das atividades econômicas e seus impactos sobre a economia.
A metodologia do PIB faz uso do Sistema de Contas Nacionais do Brasil, implementada pelo IBGE, a partir de recomendações feitas pelas Nações Unidas, e comparáveis entre todas as Unidades da Federação.
Por conta da consolidação dos dados estatísticos em todas as Unidades Federativas, o PIB tem uma defasagem de dois anos sendo divulgado o resultado referente ao ano de 2020 em todo Brasil. Esse prazo está relacionado à realização de levantamentos da produção de todos os bens e serviços e das pesquisas sobre o comércio, serviços e indústria, entre outras, que após a sua compilação final passam a ser incorporadas ao PIB.
Para o cenário mais atual, para os anos de 2021 e 2022, utilizam-se estimativas de todos os bens e serviços, por meio de dados preliminares agregando as contas trimestrais.

Elaboração do documento

O Produto Interno Bruto (PIB) é elaborado em parceria entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulga todos os anos o Produto Interno Bruto – PIB Regional para o Estado.
Os resultados seguem uma metodologia recomendada pela Organização das Nações Unidas – ONU para serem comparáveis entre as Unidades da Federação do Brasil e estão integrados às séries das Contas Nacionais, em conformidade, com o novo manual System of National Accounts 2008, SNA 2008, e com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE 2.0.

*Com informações da assessoria

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