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Atos golpistas

Senado identifica 23 golpistas que não foram denunciados por ataques

No Senado, o prejuízo dos ataques é estimado em cerca de R$ 4 milhões

Estrago patrimonial no prédio do Congresso Nacional, invadido na tarde deste domingo (8), por manifestantes bolsonaristas. É possível identificar objetos quebrados, cadeiras jogadas e vidros estilhaçados, além de extintores e mangueiras contra incêndio espalhadas pelo local. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Brasília (DF) – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve entregar à PGR (Procuradoria-geral da República) uma segunda representação contra mais 23 pessoas envolvidas na invasão ao Congresso Nacional, no dia 8 de janeiro.

Os invasores estão soltos e foram identificados pela Secretaria de Polícia do Senado a partir de imagens das câmeras de segurança do prédio. Os nomes dos vândalos não foram divulgados.

Cinco dias após o ataque às sedes dos Três Poderes, Pacheco sugeriu ao procurador-geral da República, Augusto Aras, a prisão preventiva e o bloqueio de bens dos vândalos que invadiram o Senado e foram presos em flagrante.

A partir disso, na semana passada, a Procuradoria-Geral da República apresentou denúncia contra 39 pessoas suspeitas de envolvimento nos atos golpistas e de depredação no prédio.

No total, 44 pessoas foram presas em flagrante pela Polícia Legislativa no dia 8 de janeiro —39 por policiais do Senado e cinco por policiais da Câmara dos Deputados.

A PGR enquadrou os golpistas nos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano e deterioração do patrimônio público tombado.

No Senado, o prejuízo é estimado em cerca de R$ 4 milhões. Boa parte dos vidros e espelhos quebrados no Salão Azul já foram trocados. A porta principal do plenário, estilhaçada pelos invasores, também foi recolocada.

Já o carpete do Salão Azul, que foi encharcado com o uso de mangueiras de incêndio, deve ser substituído no final de fevereiro. Funcionários da limpeza ainda tentam recuperar o piso do Salão Nobre.

A Casa corre contra o tempo para consertar a maior parte dos estragos até a posse dos 27 senadores eleitos, em 1º de fevereiro. Cada um dos empossados terá direito a convidar até 45 pessoas para a cerimônia.

*Com informações da Folha de S. Paulo

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