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Crime em Manaus

Sobrinho é preso por matar tio com 10 facadas no Petrópolis, em Manaus

Autor alegou ter cometido o crime após flagrar tio estuprando sua filha

Divulgação

Manaus (AM) – Almir Machado de Andrade, de 22 anos, foi preso suspeito de matar o próprio tio, identificado como Átila dos Santos Amorim, que tinha 52 anos, com aproximadamente dez facadas.

O crime ocorreu na última quarta-feira (27), no bairro Petrópolis, na Zona Sul de Manaus. A vítima ficou com a faca cravada no peito.

A divulgação do caso aconteceu nesta quarta-feira (2), em coletiva de imprensa no prédio da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). Almir afirmou ter matado o tio após supostamente flagrar a filha de quatro anos sendo abusada sexualmente pelo tio.

“Esse crime trata-se de um sobrinho que matou o tio com extrema violência. O autor alega que a vítima teria passado à mão nas partes íntimas da criança e por isso ele teria perdido a razão . No entanto, testemunhas afirmaram ao longo da investigação que a versão de Almir pode ser falsa pois ele e o tio já tinham desentendimentos frequentes”, explicou o delegado Ricardo Cunha, titular da DEHS.

Foto: Suyanne Lima

A autoridade policial informou, ainda ,que tio e sobrinho moravam no mesmo terreno e Almir possivelmente usava entorpecentes, fato que incomodava o tio.

O suspeito residia com a esposa e a criança, mesmo tendo uma medida protetiva em benéfico da companheira pelo crime de violência doméstica.

“A motivação do crime ainda está sendo averiguada. Essa versão do suposto abuso não nos convenceu por que Átila não tinha qualquer histórico criminal e supostamente não estava na casa do sobrinho antes da discussão. A esposa do preso afirma ter flagrado o suposto abuso e contado ao marido horas depois. Mesmo sem ter presenciado nada, Almir desferiu os golpes fatais contra o tio”, destacou Cunha.

Almir se apresentou espontaneamente na especializada na terça-feira (1) acompanhado de advogado. O acusado possui duas passagens por violência doméstica. Ele responderá por homicídio e fica à disposição da Justiça.

A criança de quatro anos deve passar por escuta especializada na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), que deve investigar a denúncia de abuso sexual.

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