Chamada de “Voa Brasil”, a proposta do governo federal para vender passagens aéreas a R$ 200 terá início em agosto. O programa foi anunciado em março pelo ministro dos Portos e Aeroportos, Marcio França, e deve operar como projeto-piloto no segundo semestre. A modelagem está em fase final dentro do Ministério.
O primeiro grupo selecionado para o teste deve ser o de aposentados que recebem até dois salários mínimos. A ideia é que os sites de venda de passagens tenham uma área dedicada a esse público. Serão oferecidas passagens a preços promocionais em horários e datas com menor procura. A ideia é ampliar a taxa de ocupação das aeronaves. A taxa média é próxima de 20%.
CFO (um cargo de direção financeira) da Azul, Alexandre Malfitani, disse que a ideia do programa “faz sentido“. “Vale estudar porque tem vários fatores que indicam que um plano desses pode ter sucesso. Começa que o brasileiro voa pouco. Voa menos em média que México, Chile, Colômbia. Há horários de baixa demanda“, avalia.
Querosene
Ao mesmo tempo, o Ministério dos Portos e Aeroportos e a Petrobras negociam uma mudança para reduzir o preço do QAV (querosene de aviação). Uma das principais hipóteses é aplicar a “paridade de preço de exportação”, conforme o secretário de Aviação Civil, Juliano Noman.
“Você pega o produto, vê quanto custa aqui e qual o preço para exportar. Esse valor pode ser usado internamente. Calculamos queda de 15% a 20% no preço”,
garante.
O modelo é uma inspiração no fim do Paridade do Preço Internacional (PPI ), que a estatal decretou para a gasolina e o diesel. Há a expectativa de que algo semelhante seja feito nas próximas semanas. “Tudo que auxiliar na redução de custo, ajuda. Eliminação do PIS Cofins das aéreas ajudou também”, disse Malfitani.
*Com informações do site O Liberal
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