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Com a Palavra

“Indústria Amazonense ajuda a preservar nossa floresta”, diz Erlen Montefusco

Em exclusiva ao Em Tempo, a gestora do Dampi explicou sobre Programa Qualidade Amazonas (PQA), a importância da indústria no Amazonas e mais

Em 30 anos, o Programa Qualidade Amazonas (PQA) premiou 541 organizações públicas e privadas do Amazonas e de outros estados, virando referência no País. Em declaração ao Em Tempo, a gestora do Departamento de Assistência à Média e Pequena Indústria (Dampi), Erlen Montefusco, conta detalhes sobre o programa que disponibiliza melhorias na qualidade de produtos e processos do Polo Industrial de Manaus (PIM) e em organizações públicas e privadas de todos os segmentos.

Erlen Montefusco, a profissional que acompanha o projeto desde 2001, viu o PQA tornar-se referência no Brasil. Criado em 1991 em todo o País, mas menos de dez estados ainda mantêm o programa. No ano de 2023, a solenidade de premiação as organizações ocorrerá no dia 1 de dezembro, realizada pelo Departamento de Assistência à Média e Pequena Indústria (Dampi) da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM).

Em Tempo — O que é o Programa Qualidade Amazonas (PQA)?

Erlen Montefusco — O PQA é um Programa Estadual para a Qualidade e Produtividade fundado em 1991 pela FIEAM, através de um comitê composto pelos técnicos Iracema Rodrigues (FIEAM-DAMPI); Roberto Lavor (FUA); Teófilo Said Neto (SEBRAE); Rosa Pontes dos Santos (SUBSECON); Guajarino de Araújo Filho (FUCAPI) e Wladimir Mendes Rocha (AAGCQ). O PQA tem como finalidade disponibilizar metodologias e ferramentas para a melhoria da qualidade de produtos e processos do Polo Industrial de Manaus (PIM) e, posteriormente, de organizações públicas e privadas de todos os segmentos.

ET — Por que o PQA tornou-se referência no Brasil?

Erlen Montefusco — O PQA foi fundado e mantido pela FIEAM que desde 1991, que deu todas as condições para que suas atividades pudessem ser realizadas durante esses 32 anos.

Em 1991, com a criação do Programa Estadual para Qualidade e Produtividade (PBPQ), todos os Estados da Federação tiveram que fundar um PBPQ, porém com o passar dos anos a maioria dos Programas de Qualidade foram descontinuados, motivo pelo qual podemos ressaltar que, o apoio do Sistema Federação das Indústrias foi o diferencial para que PQA pudesse continuar contribuindo com as organizações públicas e privadas no Amazonas.

ET — Qual o principal produto do PQA?

Erlen Montefusco — Como principal produto o PQA tem o Prêmio Qualidade Amazonas, que também possui a mesma sigla PQA. O Prêmio teve seu primeiro ciclo realizado em 1994 e contou com a presença de três organizações inscritas, hoje passados 30 anos temos para o ciclo atual, setenta e três (73) organizações inscritas. O prêmio já reconheceu 541 organizações durante sua relevante trajetória em prol da qualidade, produtividade e competitividade.

ET — Como ocorre o processo para a premiação?

Erlen Montefusco — Temos seis fases para a realização do Prêmio: começando com as Inscrições, Entrega de Relatórios, Análises Individuais e de Consenso da Banca Avaliadora, Visitas Técnicas, o Evento Mostra de Gestão hoje Feira da Qualidade e a Entrega da Premiação denominada Qualishow.

São premiadas as melhores práticas de Melhoria de Processo, Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Gestão Organizacional.

ET — Qual o tema do PQA para 2023

Erlen Montefusco — Este ano adotamos o tema Qualidade em Conexão com a Sustentabilidade para o Desenvolvimento Industrial Amazônico pensando em reforçar o compromisso das organizações do Amazonas, em especial as Indústrias com a Sustentabilidade Ambiental. Sabemos que no Polo Industrial de Manaus (PIM), o compromisso com o meio ambiente deve ser prioridade, uma vez que temos normas rígidas que as indústrias precisam cumprir, e estas, por estarem na Amazônia, precisam dar o bom exemplo. É importante ressaltar para todo país que a Indústria Amazonense ajuda a preservar nossa floresta.

ET — Quais atividades antecedem a premiação?

Erlen Montefusco — Podemos enfatizar que as atividades determinantes para o processo de premiação ocorrem desde a entrega dos relatórios. Uma banca formada por três avaliadores voluntários avalia os relatórios de Processo e Gestão e seguem para as verificações, in loco, que chamamos de visitas técnicas.

Durante este período que varia de 4 horas a dois dias, a equipe busca evidências que corroborem o que foi escrito no relatório. Desta avaliação surgem os finalistas do Prêmio que participam da Mostra de Gestão e Melhorias para Qualidade que, desde o ano passado (2022) acontece dentro da Feira da Qualidade, lá os participantes apresentam para uma Comissão de Juízes que representam o movimento nacional da qualidade.

Este ano, a Feira da Qualidade ocorrerá de 18 a 21 de outubro no Studio 5 Shopping e Convenções. E a premiação será no Diamond Center, dia 1 de dezembro.

ET — Houve alguma mudança no material de avaliação para esse ano?

Erlen Montefusco — Sim, fizemos um refinamento em todos os três temas da Modalidade Processo no intuito de alinhar o entendimento e a linguagem mais acessível, facilitando a participação de organizações que não possuem departamentos exclusivos para a gestão da qualidade, pois temos uma parceria antiga com o SEBRAE que capacita as microempresas para participação no PQA.

ET — Qual é a principal característica da 24ª mostra? Ou não tem diferença em relação às anteriores?

Erlen Montefusco — Para este ano o nosso maior diferencial será a 2ª edição da Feira da Qualidade em um formato mais robusto, teremos além do ambiente para apresentação das finalistas, 73 stands de organizações de vários seguimentos em uma área de 7.550m² para exposição.

ET — Por que as empresas devem investir em qualidade e gestão?

Erlen Montefusco — Participar do PQA proporciona à organização, uma visão sistêmica de seus processos e de sua gestão. Os instrumentos utilizados são referência nacional e foram desenvolvidos com base nos prêmios internacionais como Malcom Bridge, que também tem como objetivo reconhecer os melhores desempenhos.

Já ouvi vários relatos de gestores de organizações, comandantes de organizações militares, que pontuavam a participação no PQA como um divisor de águas para melhoria da Gestão Organizacional.

ET — Há quanto tempo a senhora atua no PQA?

Erlen Montefusco — Minha história com o PQA é antiga, começou no final do ano 2001, iniciei como estagiária e mudou a minha vida profissional. Até, então, já tinha tentado outras graduações, sem ter certeza do que realmente queria como profissão, foi aí que conheci o PQA e a qualidade virou missão.

Desde lá, já são 22 anos e ao PQA devo a oportunidade de conhecer muitas organizações, história de superação e uma grande parte da nossa imensa Amazônia, imagino que em nenhum outro emprego me daria uma oportunidade tão rica como essa.

Sou grata a FIEAM por ter essa oportunidade única de estar à frente do maior Programa para Qualidade e Produtividade do País.

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