A Controladoria-Geral da União (CGU) informou, nessa semana, que verbas de antigo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foram destinadas para duas Organizações Não-Governamentais (ONGs) envolvidas em um esquema de direcionamento de dinheiro público, falsificação de documentos e contratações irregulares. A pasta era comandada pela agora senadora da República Damares Alves (Republicanos-DF). As informações são do Jornal de Brasília.
Segundo a corregedoria, o prejuízo foi de, ao menos, R$ 2,5 milhões aos cofres públicos. Ainda assim, o valor pode ser ainda maior, já que a auditoria considerou apenas uma parte dos convênios estabelecidos.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, inicialmente, o dinheiro repassado deveria ser utilizado na formação profissional de adolescentes e mulheres presidiárias e vítimas de violência.
Uma das empresas foi a Globo Soluções Tecnológicas, que recebeu R$ 11,7 milhões pela locação de microcomputadores, máquinas de corte, macas, cadeiras de rodas e ônibus. Porém, segundo a Receita Federal, a empresa não possui funcionários e a sede é cadastrada como um barraco em Anchieta, no Rio de Janeiro.
Segundo a controladoria, as contrações violam os princípios de impessoalidade e consideraram não ser possível atestar se os serviços foram realizados.
“Os recursos pagos à Globo Soluções Tecnológicas não foram aplicados de forma regular, pois não restou comprovada sua total execução, e estão em desacordo com os princípios da economicidade e da impessoalidade”,
afirma o relatório.
Outra empresa citada é a Total Service Rio LTDA, que tem como sócio o ex-secretário parlamentar do ex-deputado federal Professor Joziel (Patriotas-RJ), Clayton Elias Motta.
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