De acordo com o relatório anual The State of Ransomware da Sophos, empresa global especializada em cibersegurança, ao longo de 2022, quase 70% das empresas brasileiras sofreram ataques de ransomware, que são crimes digitais nos quais hackers “sequestram” dados e sistemas de companhias e órgãos públicos. Os dados são criptografados e os criminosos exigem resgate para devolvê-los.
Outro levantamento internacional, intitulado “Global DDoS Threat Intelligence”, realizado pela Netscout, especializada em soluções de cibersegurança, aponta que o Brasil é o maior alvo de ataques cibernéticos da América Latina. Conforme o documento, só no segundo semestre de 2022, houve um aumento de 19% no número de tentativas de ataques hackers, em relação ao primeiro. Já na média global, esse aumento representa 13% no período.
Especialistas em tecnologia alertam que, sem as devidas precauções no ambiente digital, os sistemas de rede e infraestruturas digitais de grandes corporações, indústrias e serviços fornecidos por órgãos governamentais, a exemplo, podem sofrer paralisações e danos potencialmente irreversíveis.
Cibersegurança: medida preventiva
Conforme a Head de Inovação e Transformação Digital do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT), Luana Lobão, o principal objetivo da cibersegurança é garantir a confidencialidade, integridade e disponibilidade das informações digitais, bem como a funcionalidade dos sistemas e redes. Por isso, a profissional indica a necessidade de medidas preventivas e a adoção de respostas rápidas a potenciais ataques na rede das empresas.
“A dependência de tecnologia e conectividade aumentou a superfície de ataque e tornou os sistemas mais vulneráveis a ameaças cibernéticas. Portanto, é essencial implementar medidas de cibersegurança adequadas em todas essas áreas para garantir a segurança e a privacidade no ambiente virtual”,
afirma.
Golpes e dicas
Malware, phishing, e ramsomware são algumas das ameaças apontadas pela profissional como as mais comuns nas tentativas de golpes no ambiente virtual. A navegação em sites suspeitos poderá ocasionar desde o vazamento de informações pessoais, conteúdos sigilosos, empresariais até a perda de dados essenciais, pontua Luana.
Entre as iniciativas elencadas pela Head de Inovação e Transformação Digital para proteção de dados, informações e a infraestrutura de rede das corporações está o uso de senhas consideradas fortes, a manutenção de software atualizado e a adesão dos colaboradores que atuam nesses setores às políticas de segurança corporativas.
“Descuidos na internet e comportamentos imprudentes podem ter consequências graves, incluindo a exposição de dados sensíveis da empresa, interrupções nos negócios devido aos ataques cibernéticos e danos à reputação da organização”,
acrescenta a especialista.
*Com informações da assessoria
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