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COLUNA MAIS NEGÓCIOS - CRISTINA MONTE

Dobrando o faturamento, trabalhando os mercados nacional e internacional, conheça a startup ParaOil, que atua com bioativos amazônicos

O objetivo central da empresa do Gilberto é valorizar a biodiversidade da Amazônia e os agricultores

Em 2019, Gilberto Nobumasa (foto), neto de imigrantes japoneses – do município de Acará, no Pará, fundou a startup ParaOil, especializada na extração de óleos e manteigas naturais à base de sementes extraídas da floresta amazônica, que fornece produtos para empresas dos ramos cosmético e alimentício.

O objetivo central da empresa do Gilberto é valorizar a biodiversidade da Amazônia e os agricultores. “Ela [a ParaOil] nasce a partir de um sonho e de um incômodo com a condição do município onde nasci e a minha família mora. É uma região muito subaproveitada, onde basicamente todos os produtos da agricultura familiar são vendidos para atravessadores, o que agrega muito pouco para o agricultor que tem todo o trabalho”, afirma.

Segundo Gilberto, três comunidades locais integram a cadeia produtiva da ParaOil. Ao todo, 60 famílias participam do processo que, de acordo com o empreendedor, vai além de uma mera formalidade comercial.

“Nós queremos desenvolver a comunidade. Dessa forma, a gente vem trabalhando também em um processo de preferência de tecnologia. O que seria basicamente isso? Seria passar alguns conhecimentos que a gente detém na fábrica para as comunidades, de forma que a gente comece a agregar valor em cada etapa”,

acrescenta.

Para transformar as matérias-primas em produtos, uma das etapas é a prensagem a frio, que extrai o máximo dos insumos, diminuindo perdas. No decorrer do processo – coleta, separação, secagem etc. – há um rígido controle de qualidade para aferição de temperatura e umidade.

De acordo com o fundador da startup, que é engenheiro mecânico, um dos próximos passos da ParaOil é ampliar a área fabril dos atuais 112 metros quadrados para 230 metros quadrados. Outro objetivo é a ampliação de comunidades atendidas, das atuais três para dez.

“Queremos aumentar a produção em quatro vezes, passando de cinco toneladas para 20 toneladas, atendendo assim ao público consumidor da melhor forma, principalmente às pequenas empresas que demandam quantidades acima de 100 quilos”.

A startup mantém dez funcionários e a projeção de crescimento deste ano é que a ParaOil dobre o faturamento obtido em 2022, o que representa cerca de R$ 250 mil. O aumento da receita indica uma crescente registrada desde 2020, conforme Nobumasa.

A área de e-commerce da ParaOil é um ponto focal da marca. Com sete produtos integrantes no portfólio ­– sendo os de andiroba e cupuaçu os carros-chefes – a empresa realiza vendas a clientes de outros estados brasileiros. Gilberto pontua ainda o registro de exportações de itens da ParaOil, e descreve o passo a passo da expansão da área comercial.

“As regiões Sul e Sudeste são as que mais atendemos. A ParaOil tem feito pequenos envios internacionais, via Courier e FedEx. Temos um processo de internacionalização que corre em paralelo à expansão nacional. Entendemos que é um processo que deve vir sim, mas a internacionalização vem com uma velocidade menor porque a gente entende que a prioridade é nacional, até mesmo devido à velocidade e teste para validar o [produto] no mercado.”

Para o empreendedor, investir em bioeconomia e em soluções tecnológicas na Amazônia em longo prazo são vetores para o desenvolvimento sustentável das cadeias produtivas locais. “É muito claro que os bioativos da Amazônia são a grande oportunidade do Brasil em se despontar como líder em bioeconomia devido a toda a riqueza temos. E isso só será possível se trabalharmos a cadeia de base, os guardiões da floresta, e promover o protagonismo dos amazônidas. Não tenho dúvida de que a bioeconomia é o futuro e é o que vai fazer a mudança agora.”

Gilberto Nobumasa fundou a startup ParaOil, especializada na extração de óleos e manteigas naturais Foto: Divulgação

Restaurante Da Terra inaugura café

Em comemoração aos 10 anos de funcionamento, o tradicional restaurante Da Terra inaugura no sábado (14/10) o Café da Ribeira. Pra quem curte as paisagens naturais, gastronomia e a atmosfera cultural do Amazonas, essa pedida é um prato cheio, pois os estabelecimentos irão completar o espaço que tem tudo para ser um ponto de encontro que aliará sabores e paisagens da região. O local não poderia ser melhor: a área tradicional e turística da cidade, o centro de Manaus. Convite feito, o Café da Ribeira estará com as portas  abertas sábados e domingos a partir das 6h30, e fica localizado na Avenida Lourenço da Silva Braga, nº 100E – Centro.

Startup australiana desenvolve suplemento alimentar para diminuir ‘arroto do boi’

Você já deve saber que, depois da Índia, o Brasil possui o segundo maior rebanho bovino do planeta. Apesar dessa grande vantagem, o outro lado da moeda é que o país acaba sendo um dos que mais contribuem com o gás metano lançado na atmosfera, em parte, por conta do ‘arroto do boi’. O problema central é que o crescimento de metano na atmosfera agrava o bendito do ‘efeito estufa’ e isso é tudo o que o mundo não precisa! Então, como diminuir essa emissão?! Bom, já que não dá para pedir ao boi para não arrotar, uma startup australiana resolveu essa dor.

A Rumin8 desenvolveu um suplemento alimentar produzido à base de algas marinhas que reduz o gás do processo digestivo dos animais. A tecnologia desenvolvida pela nascente se fundamenta num composto nomeado ‘bromofórmio’, que foi patenteado pela empresa para reprodução em laboratório e, finalmente, transformado em suplemento alimentar!

Franquia de brechó, que tem Deborah Secco como sócia, abre primeira loja no Pará

Dando continuidade ao plano de expansão da marca, que visa fechar o ano com 140 unidades, o Peça Rara Brechó desembarca em Parauapebas, no Pará. Em 2023, a rede planeja manter um ritmo forte de crescimento, chegando a um faturamento de cerca de R$ 190 milhões. A primeira loja do Pará será da franqueada Raica Cristiane Silva Santos Assunção.

O mercado de moda circular deve crescer de 15% a 20% até 2030 no país, de acordo com as projeções do Boston Consulting Group (BCG). Já o Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), estima que o mercado de roupas usadas deve ultrapassar o varejo de moda em 2024, assim como o valor do setor de fast fashion até 2030. A utilização de itens de segunda mão é mais do que um hábito, é uma mudança de vida.

RÁPIDAS & BOAS

Na quinta-feira (19/10), das 16h às 17h, o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT) promove a Masterclass online gratuita ‘Cibersegurança Aplicada na Indústria’. O evento tem como objetivo a apresentação de novidades e tendências sobre segurança digital nas aplicações e setores fabris. Para acompanhar o encontro, basta se inscrever através do link (https://acesse.dev/ZXAaJ).

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O Meetup Acelera – edição Bioeconomia está conectando atores de todos os segmentos da Amazônia promovendo, de forma inédita, uma agenda mensal de discussão e colaboração para abordar os principais desafios e expectativas do desenvolvimento da bioeconomia na região. O próximo encontro será na quinta-feira (19/10), das 15h30 às 17h15 (Horário de Brasília)  e apresentará o tema ‘Unidades de Conservação como Ambientes de Inovação’. A inscrição é gratuita e feita pelo link (https://encurtador.com.br/bxN01).

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A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) está com inscrição para o Exame de Seleção de candidatos (as) nos cursos de Mestrado e Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), para ingresso no 1º semestre de 2024. Serão disponibilizadas 50 vagas para mestrado e outras 35 para doutorado em educação. As inscrições ocorrem entre 19 e 24/10. Segue link para acessar o edital (https://encurtador.com.br/egyE9).

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