Com a ameaça da Justiça Eleitoral de moralizar a disputa eleitoral deste ano ao estabelecer parâmetros diferentes para o teto de gastos dos candidatos proporcionais, fica claro que, se isso ocorrer, os partidos políticos, à direita e à esquerda, terão que rever suas estratégias quanto à formação de chapas para encarar a batalha de votos deste ano.
Também a propósito dessa questão, a batalha de 2022 também exigirá, além da reinvenção dos partidos, toda a atenção dos candidatos à pauta econômica em razão da grave crise enfrentada pelo país desde o início da pandemia do coronavírus e pelos efeitos nefastos que a guerra do Leste Europeu pode causar ao Brasil, um dos países ocidentais mais dependentes do petróleo e do gás produzidos por Rússia e Ucrânia.
Se os políticos, na caça aos votos, não gostam de debates envolvendo temas como esses, será dever da mídia, em todos os sentidos, forçar a barra de presidenciáveis e demais concorrentes a cargos executivos e proporcionais para que abordem as questões e proponham as soluções prementes que o momento exige.
A condução da política econômica, bem como o foco em educação, saúde, segurança pública, costumes, cultura e meio ambiente, devem constar, necessariamente, da pauta de debates na mídia eletrônica juntamente com o imperativo sanitário.
Em 2020, a carnificina protagonizada pela Covid-19, com a morte de milhares de brasileiros na pior pandemia da história, não sensibilizou os candidatos, que atravessaram a campanha eleitoral municipal sem falar em política sanitária. Em 2022, eles terão a chance de reparar o mal feito e enfrentar tão importante demanda. Não podem prosseguir abusando da omissão.
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