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Preocupação

Cabeceira do rio Solimões registra nível baixo de chuva, aponta pesquisador

Profissional deu declaração durante evento ocorrido nesta quinta (6), em Manaus

Foto: Secretaria Municipal de Comunicação de Benjamin Constant

Manaus (AM) — O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Renato Senna, destacou, durante reunião da Superintendência de Manaus (Sureg-MA), ocorrida nesta quinta-feira (6), que o nível de chuvas nos rios peruanos que formam o rio Solimões no Estado do Amazonas está baixo para a época do ano.

De acordo com o profissional, em certos locais o fluxo da água está tão baixo que nem os medidores conseguem acompanhar a falta de chuvas na região.

“A gente vê esse comportamento já bastante preocupante. É tão ruim que o modelo [de medição] não consegue acompanhar. Mesmo sabendo que está numa condição ruim, o modelo não consegue identificar esse processo. O processo está tão intenso, de déficit de precipitação, nessas bacias, principalmente nos formadores do Solimões, que os modelos não estão conseguindo acompanhar”,

relatou Senna.

O rio Ucayali, que também fica no Peru, está em uma situação pior ainda, já que as chuvas cessaram na metade de maio e desde então, estão em níveis negativos.

“A gente está vendo grandes rios, grandes formadores do Solimões, eles estão com precipitação baixa, perspectiva de precipitação abaixo [do normal] pelo menos nos próximos 45 dias, ou talvez um pouco mais. Então é algo que nos causa bastante preocupação”,

disse Renato Senna.

No Brasil, o rio Juruá, que é afluente do Solimões, já começou a apresentar sinais de redução de volume das águas, e a expectativa é que ele continue neste mesmo sentido até o final do mês de junho.

Em relação às chuvas, o pesquisador Gustavo Guterres Ribeiro, do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), divulgou uma previsão para os próximos três meses, onde explicou que haverá mais chuva no norte da Amazônia, incluindo os municípios do norte do estado do Amazonas, enquanto é aguardado um clima mais seco na região sul do bioma.

O estudo aponta ainda que, para a maioria do Amazonas, a previsão é de chuvas dentro do normal para o período.

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