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Com a palavra

“Existe essa possibilidade, mas o Avante também pode tentar uma candidatura própria”, diz Sabá Reis sobre chapa com Wilson Lima

O ex-secretário de limpeza pública conversou com o Em Tempo e destacou as possibilidades no pleito

A conversa do “Com a Palavra”, desta semana, contou com a participação do ex-secretário de Limpeza Pública de Manaus, Sabá Reis (Avante). Durante a conversa com a equipe do Em Tempo, Sabá fez um balanço de sua atuação frente a pasta e comentou sobre a atual conjuntura política e seus planos para 2022.   

Sebastião da Silva Reis, é original de Parintins. Formado em serviço social pela Fametro. Ele ingressou na carreira política em 1982, quando foi eleito vereador de Manaus. Exerceu sete mandatos na Assembléia Legislativa do Amazonas e já atuou à frente de secretarias estaduais e municipais. 

Recentemente, deixou a direção da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp), cargo que assumiu em 2020. A responsabilidade social é uma das características marcantes da sua carreira política e da sua vida pessoal. Além da valorização dos interesses coletivos e respeito ao bem público.

Confira agora a conversa: 

Muito se especula que o senhor vai compor a chapa do Governador Wilson Lima nas eleições deste ano. O senhor confirma? 

“Essa possibilidade está nos quatro cantos da cidade, de que eu possa compor uma chapa majoritária, mas essa possibilidade de composição com o governador Wilson Lima ainda é uma especulação, não tem nada definido, ainda tem muito tempo para ver qual será o caminho que o Avante vai tomar. O prefeito David tem sido muito claro, quando abordado sobre, ele fala inclusive que o Avante pode até ter candidatura própria. Esse assunto ainda é especulação, são abordagens que fazem com que o meu nome esteja na vitrine das especulações e se eu disser que isso não é bom, eu estaria mentindo. 

Primeiramente nós gostaríamos que o senhor fizesse um balanço da sua gestão na Semulsp, o que o senhor destaca de mais importante? 

“Eu e David (prefeito) fomos para a rua falando para a população que iríamos trabalhar, que iríamos fazer essa cidade ser mais humana, mais igual, onde a prefeitura não cuidasse somente dos bairros nobres, mas também dos bairros carentes. 

A Semulsp foi um desafio que eu escolhi, o prefeito me deu a liberdade de escolher para onde eu queria ir e eu escolhi a Semulsp porque eu era uma pessoa indignada com o tratamento que a administração pública costumava dar aos cemitérios. Cemitério só tem a paixão, amor de alguém, um local que precisa ser cuidado para ter ordem, administração e cuidado. 

Eu não era secretário de ficar dentro de gabinete, é impossível cuidar da Semulsp dentro de uma sala, você precisa estar junto, estar na rua, o que eu fiz durante meu mandato. 

A avaliação que eu faço da Semulsp, é uma secretaria de ponta. O David fez uma avaliação dos trabalhos das secretarias e a Semulsp apareceu em primeiro lugar, a quase seis meses atrás, com mais de 36% de aprovação do povo dessa cidade. Mas essa aferição eu sinto na rua por onde eu ando e ouço as pessoas de fora dizendo que a cidade agora é outra, mais linda. 

Hoje a Semulsp é reconhecida por um Instituto que tem em Florianópolis, como a secretaria a primeira secretaria ‘lixo zero’ do país, com 93.5 de avaliação. Nós temos trabalhado muito, os cemitérios são lindos, muito bem cuidados o tempo todo”.  

Como o Avante pode contribuir para o Amazonas a partir do processo eleitoral? 

“O Avante já contribui. É um partido novo, sem nódoas (atitude sem honra). O Avante deu ao país o melhor prefeito que temos no Brasil, o David Almeida, que depois de ter sido governador interino, colocou seu nome à disposição de Manaus. 

A prefeitura tem o programa ‘Bolsa Universidade’, que pra mim é o maior programa social do David, o que ele tá oferecendo pra uma geração ninguém vai poder tirar deles. A gente tá formando uma nova consciência, uma nova turma de pessoas que vai saber  o que é melhor pra vida delas, inclusive na hora de votar”. 

O senhor já definiu que cargo irá tentar esse ano? 

“Não, porque eu não vou tentar. O cargo que Deus me colocar é porque eu vou ganhar. Eu não sou um homem de tentativa. Eu não sei o que será, mas seja o que for, é porque Deus separou para mim”. 

O popular Del Silva pergunta: O que o governo pode fazer para melhorar a vida dos amazonenses? 

“O poder público existe para isso. Você não pode votar em uma pessoa que ao se eleger se torne um pavão, que não olha mais para a população. Governador e prefeito, precisam olhar para as pessoas, com o mesmo olhar que uma mãe olha para um filho, com carinho, zelo e cuidado. O poder público pode fazer mais. 

O Governo pode fazer tudo para melhorar a vida das pessoas e eu penso sempre que é para melhorar a vida dos que mais precisam”. 

A popular Raissa Raquel pergunta: O que o poder público  pode fazer para acabar com as lixeiras viciadas? 

“Todos os meses, a prefeitura é obrigada a gastar um dinheiro, que é um verdadeiro desperdício, tirando 700 toneladas de lixo dos nossos rios, sem perceber estamos matando aos poucos os nossos rios. No caso da cidade, nesta prefeitura do Davi,nós já acabamos com várias lixeiras viciadas. 

Um exemplo, na avenida Duque de Caxias, havia uma lixeira viciada  e no decorrer do caminho outras duas. A Semulsp tem hoje quarenta pessoas treinadas para fazer um trabalho de conscientização.  

Nas ruas passam carros coletores, é só a pessoa tirar o lixo na hora que o carro passar, mas tem gente que joga o lixo pra fora, depois que o carro passa, quando o nosso povo tiver a conscientização de que gostar da sua cidade, amar a sua cidade e não fazer isso. Cidade limpa é aquela que a população não suja”. 

Na sua trajetória como parlamentar, quais são os principais projetos de lei aprovados pelo senhor que gostaria de destacar? 

“Tem uma que eu não vou esquecer, que foi a primeira lei que proibia que a empresa de energia interrompesse o fornecimento aos sábados e domingos. E isso foi uma propositura minha, porque havia uma iniciativa de penalizar aqueles que não pagaram a conta, justamente no fim de semana  que era para as famílias sofrerem mais. Eu não olhava pelo lado do cara ser caloteiro ou não ter dinheiro, olhava pelo lado de naquele local ter um recém nascido, uma pessoa de mais idade que era dependente de viver com mais dignidade”. 

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