Manaus (AM) – A produção de motocicletas no Polo Industrial de Manaus (PIM) totalizou 327.139 unidades no primeiro trimestre, um crescimento de 37,8% na comparação com os três primeiros meses de 2021 (237.401 mil motocicletas).
De acordo com levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), em março foram ainda fabricadas 136.350 motocicletas, alta de 27,4% em relação a fevereiro (107.046 unidades) e de 8,4% na comparação com o mesmo mês de 2021 (125.756 unidades).
Na avaliação do presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, as linhas de produção das unidades fabris seguem em curva ascendente. “A tendência agora é manter o ritmo de produção e, com isso, atender aos consumidores que aguardam uma motocicleta nova”, diz.
Segundo o executivo, a demanda por motocicletas permanece aquecida e a Abraciclo mantém a perspectiva de fabricar 1.290.000 motocicletas em 2022, volume que representa aumento de 7,9% na comparação com o ano passado (1.195.149 unidades).
Fermanian destaca, no entanto, que a associação acompanha atentamente a conjuntura macroeconômica que influencia desde o abastecimento e o desempenho das cadeias produtivas, até a alta nas taxas de juros e do frete. “Essas variáveis podem afetar o poder de compra do consumidor e impactar a demanda por motocicletas”, afirma.
Vendas no varejo
Os emplacamentos de motocicletas no primeiro trimestre somaram 274.673 unidades, o que corresponde a uma alta de 33,7% na comparação com o mesmo período do ano passado (205.444 motocicletas).
Ao analisar o desempenho do mercado, o presidente da Abraciclo afirma que a tendência é que a demanda continue aquecida.
“A motocicleta é um veículo ágil, econômico, com preço acessível e de baixo custo de manutenção. A procura cresceu muito durante a pandemia, com o aumento dos serviços de entrega e o maior uso nos deslocamentos urbanos para evitar a aglomeração do transporte público”, explica. “A elevação nos preços dos combustíveis também tem levado mais pessoas a olharem para a motocicleta como uma alternativa”, completa.
Somente em março, foram licenciadas 110.040 motocicletas, volume 46,8% maior que o registrado em fevereiro (74.972 unidades) e 76,7% superior ao mesmo mês de 2021 (62.262 motocicletas).
Em números absolutos, a categoria mais emplacada em março foi a Street, com 55.270 unidades e 50,2% do total de emplacamentos. Na sequência, ficaram a Trail (19.241 motocicletas e 17,5% dos licenciamentos), a Motoneta (16.706 unidades e 15,2%) e a Scooter (11.631 motocicletas e 10,6%).
Veja o ranking mensal de emplacamentos atualizado por categoria:
Segundo levantamento da Abraciclo, as motocicletas de baixa cilindrada (até 160 cilindradas) responderam por 82,5% dos licenciamentos em março, com 90.765 unidades.
Os modelos de 161 a 449 cilindradas tiveram 15.877 unidades emplacadas, o que representa 14,4% dos negócios. As motocicletas acima de 450 cilindradas totalizaram 3.398 licenciamentos, o que representa 3,1% do mercado.
Com 22 dias úteis, a média diária de vendas em março, foi de 5.002 unidades – o melhor resultado para o mês desde 2015, que teve 5.659 motocicletas licenciadas.
Na comparação, com fevereiro, que teve 20 dias úteis, houve aumento de 33,4% (3.749 unidades/dia vendidas). Em relação ao mesmo mês do ano passado, com um dia útil a mais, o crescimento no volume de negócios foi de 84,8% (2.707 motocicletas vendidas/dia).
Mercado por região
Com 106.012 unidades emplacadas e 38,6% de participação no mercado, a região Sudeste é o principal mercado das motocicletas produzidas no PIM no primeiro trimestre.
O Nordeste ficou em segundo lugar no ranking (83.699 unidades e 30,5% do mercado), seguido pelo Norte (30.444 motocicletas e 11,1%), Sul (27.966 e 10,2%) e Centro Oeste (26.552 unidades e 9,7%).
No ranking mensal, as posições foram mantidas:
- Sudeste (41.380 motocicletas e 37,6% do mercado),
- Nordeste (33.525 unidades e 30,5%),
- Norte (12.200 motocicletas e 11,1%),
- Sul (11.600 unidades e 10,5%)
- e Centro Oeste (11.335 motocicletas e 10,3%).
Exportações
No primeiro trimestre foram exportadas 10.587 motocicletas, retração de 19,6% na comparação com o mesmo período do ano passado (13.165 unidades).
Segundo dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo:
- Argentina foi o principal mercado, com 3.137 unidades e 29,7% do volume total exportado;
- Em segundo lugar, ficou a Colômbia (2.024 motocicletas e 19,2% das exportações);
- Seguida pelos Estados Unidos (1.996 unidades e 18,9% do volume exportado);
Em março, o volume de exportações de motocicletas totalizou 3.944 unidades, o que representa uma alta de 19% na comparação com fevereiro (3.315 motocicletas). Em relação ao mesmo mês de 2021, no entanto, houve queda de 37,7% (6.335 unidades).
Os principais parceiros comerciais foram os mesmos do primeiro trimestre:
- Argentina (1.277 motocicletas e 49,6% das exportações);
- Colômbia (716 unidades e 27,8%);
- e Estados Unidos (312 motocicletas e 12,1%).
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