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Violência

Filho agride mãe após responsável questionar gasto de R$ 2 mil em jogos online

Pai do adolescente ficou com ele para afastá-lo momentaneamente da mãe

Foto: Reprodução

Patos de Minas (MG) – Um adolescente de 12 anos deu um soco na boca da mãe em Patos de Minas, em Minas Gerais. O menino agrediu a mulher após ela tirar satisfações com ele a respeito de uma compra de R$ 2 mil em um cartão de crédito com jogos online.

Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar (PM) foi acionada pela própria mãe após a agressão, na madrugada de segunda-feira (15). De acordo com o registro, o soco deixou hematomas e causou um sangramento.

O pai do garoto foi acionado e buscou o filho. Ele foi orientado a procurar tratamento psicológico para o adolescente e afastá-lo momentaneamente da mãe.

Ao g1, a mãe do adolescente afirmou que não precisou receber atendimento médico e que o conselho tutelar não foi acionado.

O que dizem os psicólogos

De acordo com a psicóloga Fernanda Nocam, professora do Departamento Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em casos assim é preciso, primeiramente, entender o contexto em que a criança ou adolescente estão inseridos.

“Não é possível, em nenhum momento, a gente falar que o vício por jogos, o consumo compulsivo de jogos e outros prazeres efêmeros leve a irritabilidade e a impulsividade a ponto de uma pessoa chegar a um ato de agressividade”, explicou ela.

A psicóloga também afirmou que todas as pessoas são impulsivas quando contrariadas e frustradas. Contudo, existem filtros que impedem que elas partam para a ação impulsiva, neste caso, a agressão. Estes filtros, assim como os contextos em que a criança está inserida, podem ser discutidas no tratamento psicológico.

“Esses filtros transformam a agressividade em palavra, em choro, em culpa, em sentimentos, em dores, em raiva, pode se transformar em uma sublimação ou numa aprendizagem”, afirmou Fernanda.

Ainda conforme a professora, é necessário que não sejam dadas respostas simples para o entendimento do que leva crianças e adolescentes a fazerem compras similares. É preciso que sejam analisados os campos individual e social que envolvem as crianças, adolescentes e familiares.

“As instituições são perversas e têm se utilizado da compulsão, da fragilidade, dos buracos, do imediatismo dessas crianças e desses adolescentes. Fazem as propagandas e permitem com que várias compras sejam feitas no cartão de qualquer pessoa.”

*Com informações do g1

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