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Justiça

Fátima de Tubarão é condenada a 17 anos de prisão por atos de 8/1

Fátima de Tubarão vai responder por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e outros três crimes

Foto: Reprodução

Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, de 67 anos, conhecida como Fátima de Tubarão, foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a 17 anos de prisão pela participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, na praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).

O julgamento, realizado em plenário virtual, na Ação Penal 2.339, se encerrou na noite de sexta-feira (9).

Fátima de Tubarão vai responder por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

Além disso, Fátima de Tubarão terá de pagar R$ 30 milhões, de forma solidária com os outros condenados, a título de danos materiais.

STF formou maioria para condenar Fátima de Tubarão

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou para condenar a ré a 17 anos de prisão. Os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Dias Toffoli o acompanharam integralmente.

Cristiano Zanin e Edson Fachin, no entanto, votaram com o relator, mas com a previsão de uma pena mais baixa. No entanto, prevaleceu a pena de 17 anos após o julgamento desta sexta.

No voto, Moraes cita um vídeo em que Fátima aparece durante as manifestações de 8 de janeiro. E transcreve um texto em que “[…] um dos indivíduos que a acompanha chama-a por “Fátima”, afirma que ela vem de Tubarão (SC), e que estaria ali ‘quebrando tudo’.

Ela grita e comemora, diz que é ‘guerra’ e confirma ter defecado no banheiro do Supremo Tribunal Federal, ‘sujando tudo’. Ao final do vídeo, diz que ‘vai pegar o Xandão agora’”.

Presa na Operação Lesa Pátria

A mulher foi presa em 27 de janeiro, na terceira fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, contra bolsonaristas que invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Maria de Fátima ficou conhecida após viralizar um vídeo no qual aparece invadindo o Palácio do Planalto.

Ela foi condenada por tráfico de drogas, em 2012, e ainda responde pelos crimes de estelionato e falsificação de documento público em outro processo, segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).

*Com informações do Metrópoles

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