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Suíça

Primeiro suicídio assistido em cápsula leva à prisão de várias pessoas

Promotores em Schaffhausen abriram processos criminais acusando pessoas por "induzir, auxiliar e instigar suicídio", segundo a polícia

A máquina suicida Sarco é uma cápsula impressa em 3D criada pelo defensor australiano da eutanásia Philip Nitschke • Denis Balibouse/Reuters/Arquivo

A polícia suíça prendeu várias pessoas depois que uma polêmica cápsula de aparência futurista, projetada para permitir que seu ocupante cometesse suicídio, foi usada pela primeira vez, disseram autoridades nesta terça-feira (24).

A polícia do cantão de Schaffhausen, no norte, na fronteira com a Alemanha, disse que a chamada cápsula “Sarco” foi implantada em uma floresta no município de Merishausen na segunda-feira.

Promotores em Schaffhausen abriram processos criminais contra várias pessoas por “induzir, auxiliar e instigar suicídio”, segundo disse um comunicado da polícia, acrescentando que várias pessoas foram detidas, sem dar detalhes sobre elas ou sobre os falecidos.

Um porta-voz do grupo por trás da cápsula, The Last Resort, disse que a falecida era uma mulher americana de 64 anos que sofria de um sistema imunológico gravemente comprometido.

Florian Willet, copresidente do The Last Resort, estava entre os quatro detidos, junto com um jornalista holandês e dois suíços, disse o porta-voz.

Willet era a única outra pessoa presente quando a mulher tirou a própria vida, disse o porta-voz.

Em uma declaração emitida pelo The Last Resort, Willet descreveu a morte como “pacífica, rápida e digna”.

O porta-voz do Last Resort disse que a mulher passou por avaliações psiquiátricas antes de tirar a própria vida.

Um porta-voz dos promotores em Schaffhausen se recusou a dar detalhes ou confirmar que havia quatro detidos.

Feito ao longo de linhas aerodinâmicas e elegantes, o “Sarco” causa morte quando seu ocupante libera gás nitrogênio em seu interior, reduzindo a quantidade de oxigênio a níveis letais.

É uma criação de Philip Nitschke, um médico australiano famoso por seu trabalho em suicídio assistido desde a década de 1990.

A Suíça tem sido um ímã para defensores do suicídio assistido devido às leis que o tornam legal naquele país, e o The Last Resort diz que seu parecer jurídico foi de que ele poderia ser implementado.

A cápsula gerou considerável atenção da mídia e discussão entre as autoridades sobre se elas permitiriam seu uso.

Elisabeth Baume-Schneider, ministra suíça responsável pela saúde, disse na segunda-feira que a cápsula não atende aos requisitos da lei de segurança do produto e que seu uso de nitrogênio não é legalmente compatível.

*Com informações da CNN Brasil

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