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‘Helena’ é o melhor espetáculo do Festival de Teatro da Amazônia 2024

A peça conta a trajetória da filha do cantor Cauby Peixoto, mãe de dois filhos e professora que formou muitos jovens no bairro Redenção

“Helena”, do Ateliê 23, foi premiado como “Melhor Espetáculo”, na categoria adulto, na 18ª edição do Festival de Teatro da Amazônia (FTA).

A peça conta a trajetória da filha do cantor Cauby Peixoto, mãe de dois filhos e professora que formou muitos jovens no bairro Redenção.

Com o Teatro Amazonas lotado até o teto, a companhia amazonense mostrou como Helena superou todas as dificuldades do destino com muita determinação.

Em cena, durante uma hora, o público conheceu momentos desde a infância da protagonista até a morte do segundo marido, de quem cuidou durante sete anos.

É o segundo ano consecutivo que o Ateliê 23 recebe o título de “Melhor Espetáculo” no festival que é referência na região Norte.

Em 2023, o grupo liderado por Taciano Soares foi premiado com a peça “Cabaré Chinelo”, outro sucesso de crítica e de público.

“A peça é a partir da história da minha mãe, mas também é sobre a humanidade que podemos encontrar e a força para continuar. É isso que eu acredito, que a minha mãe ensinou e eu pretendo que a população que assiste ao ‘Helena’ continue experienciando”, afirma o diretor Taciano Soares.

“É a força para continuar e se isso acontecer com uma ou duas pessoas, já ficamos muito felizes”.

O diretor da companhia destaca ainda a importância de fomentar o consumo do teatro na cidade e de apresentações todas as semanas em espaços culturais diversos.

“Teatro é todo dia e meu desejo é que possamos continuar trabalhando, fazendo, lotando os espaços, trazendo gente pela primeira vez para as peças e eu posso dizer, com muito orgulho que o ‘Helena’ tem feito isso, que o Ateliê 23 tem feito isso”, comenta o artista.

“Me sinto honrado, em nome da nossa equipe, em celebrar essa trajetória continuada, mas quero que isso aconteça com todo mundo. É importante e quem ganha é a população”.

Nova versão

Em 2024, “Helena” trouxe uma versão atualizada, com novo elenco, figurino, cenário e trilha sonora. A produção compõe o projeto “Ateliê 23: 10 anos!”, que tem apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023 e Prefeitura de Manaus, através da Lei Paulo Gustavo.

A primeira apresentação de “Helena” foi em 2018, no Centro Cultural Usina Chaminé.

O espetáculo encerrou a 14ª edição do Festival de Teatro da Amazônia, em 2019, no Teatro Amazonas. No mesmo ano, a obra participou da programação do Festival Palco Giratório, realizado pelo Sesc.

Em 2020, a peça ganhou nova versão para compor a programação do Combo 23, projeto contemplado no Edital Prêmio Manaus de Conexões Culturais, da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), por meio da Lei nº 14.017/2020, conhecida como Lei Aldir Blanc.

Sucesso de público e crítica, “Helena” recebeu indicação ao Prêmio Brasil Musical, na categoria “Melhor Musical Norte”.

A produção foi a única representante da região Norte a participar da segunda edição da mostra a_ponte: cena do teatro universitário, na programação teatral de 2020 do Itaú Cultural, em São Paulo.

Grupo premiado

O Ateliê 23 foi indicado, em 2023, ao 34° Prêmio Shell de Teatro, com o espetáculo “Cabaré Chinelo”, na categoria “Energia que Vem da Gente”, que premia iniciativas relacionadas ao universo teatral com impacto social positivo.

O coletivo também venceu duas categorias do 22º Prêmio Cenym de Teatro Nacional, da Academia de Artes no Teatro do Brasil, “Melhor Companhia” e “Melhor Figurino”, com o espetáculo “Cabaré Chinelo”. A peça foi indicada ainda como “Melhor Elenco” nesta edição.

No 17º Festival de Teatro da Amazônia, realizado em outubro, o “Cabaré Chinelo” conquistou três prêmios: “Melhor Espetáculo”, “Direção” e “Melhor Figurino”.

A peça foi indicada nas categorias “Melhor Atriz”, com Vivian Oliveira, “Melhor Ator” e “Trilha Sonora”, com Eric Lima.

O grupo conquistou o prêmio de melhor atuação nacional no 8º Festival Internacional de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás, com o personagem Belinho, vivido por Taciano Soares no filme “A Bela é Poc”, primeiro curta do grupo.

Desde a estreia, em outubro de 2021, no Teatro Amazonas, o curta “A Bela é Poc” tem circulado por festivais, como Circuito Penedo de Cinema, em Alagoas; edição de 2022 do Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte, na capital amazonense; Shorts México, um dos maiores festivais de curtas-metragens da América Latina; e KASHISH Mumbai International Queer Film Festival, evento anual LGBT que acontece em Mumbai, na Índia.

O filme, que faz parte de um projeto que inclui o clipe “Glowria” e a videodança “Azul”, participou ainda da “Expedição Cultural”, do Governo do Amazonas por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, e foi exibido em nove cidades do interior.

*Com informações da assessoria

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