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Dados

Amazônia registra maior degradação em 15 anos, com 20 km² devastados

Resultado referente ao mês de setembro foi influenciado pelo aumento das queimadas florestais

Greenpeace Brazil conducted an aerial survey in southern Amazonas and northern Rondônia to monitor deforestation and fires in July 2024. With over 10,000 hotspots just this month, the country has set a record for fire activity in nearly twenty years in the Amazon. Forest fires and burns were also reported in Conservation Units and properties financed with rural credit. O Greenpeace Brasil realizou sobrevoo no sul do Amazonas e no norte de Rondônia para monitorar o desmatamento e queimadas em julho de 2024. Com mais de 10 mil focos somente neste mês, o país tem recorde de fogo para o período em quase vinte anos na Amazônia. Incêndio florestal e queimadas também foram registrados em Unidades de Conservação e propriedades financiadas com crédito rural.

A degradação florestal aumentou significativamente na Amazônia. Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em setembro, foram registrados 20.238 km² atingidos pelo dano ambiental – o que equivale a mais de 13 vezes a cidade de São Paulo.

Essa foi a maior de degradação registrada no bioma dos últimos 15 anos, quando o Imazon inicou as monitorações. Em relação a setembro do ano passado, quando a área degradada foi de 1.347 km², houve um aumento de 15 vezes.

Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon, explica a degradação ocorre quando a floresta é afetada pela exploração madeireira ou pelas queimadas, que ameaçam espécies da fauna e da flora. Apesar de setembro ser um mês marcado pela alta das práicas, por ter um clima seco, o número é surpreendente.

“Os números registrados em 2024 são muito mais elevados do que os vistos anteriormente. E a maioria dos alertas ocorreu devido à intensificação dos incêndios florestais”, disse Larrisa. Com o resultado de setembro, ela afirmou que esse é o quarto mês consecutivo com aumento no dano ambiental.

Do total áreas de floresta degradas, apenas o Pará contabilizou 57%. No estado, a degradação passou de 196 km² em setembro de 2023 para 11.558 km² no mesmo mês deste ano, quase 60 vezes mais. Além disso, sete dos 10 municípios que mais degradam a região no período são paraenses.

Os outros estados com percentuais significativos de áreas degradadas em setembro foram: Mato Grosso (25%), Rondônia (10%), Amazonas (7%), com destaque negativo para Rondônia. No estado, a degradação pasou de 50 km² em setembro de 2023 para 1.907 km² no mesmo mês de 2024 — alta de 38 vezes.

Desmatamento em setembro é o oitavo maior da série histórica

A derrubada também cresceu na Amazônia e teve o quarto mês seguido com alta. Em setembro de 2024, um território de 547 km² foi impactado, o que equivale a perda 1.823 campos de futebol por dia de floresta. Essa área, porém, foi apenas 0,2% maior do que em 2023, quando foram degradados 546 km².

Já ao se observar o acumulado de janeiro a setembro, a área desmatada foi de 3.071 km², a oitava maior da série histórica.

Dos nove estados que compõem a Amazônia Legal, três concentraram 83% de todo o desmatamento identificado em setembro. O Pará liderou com 52% da devastação, seguido pelo Amazonas, com 16%, e pelo Acre, com 15%. O Pará também reuniu sete dos 10 unidades de conservação com as maiores áreas destruídas.

*Com informações SBT News

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