O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o partido trabalha para derrubar a inelegibilidade de Jair Bolsonaro e que o ex-presidente será o candidato da sigla na disputa pelo Palácio do Planalto em 2026.
Bolsonaro fala sobre disputar as eleições em 2026: ”chance só tenho eu”
“O Bolsonaro é o candidato. Vamos trabalhar para isso, para o Bolsonaro ser o candidato, porque ele é o dono dos votos. Ninguém tem a votação do Bolsonaro no país”, disse.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou a inelegibilidade do ex-presidente por oito anos, contados a partir das eleições de 2022. Ficou reconhecida a prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada, com embaixadores estrangeiros.
Para o presidente da sigla, os resultados das eleições municipais deste ano – em que o PL foi apenas o 5° a eleger mais prefeitos, mas a legenda a receber mais votos – é um reflexo da popularidade do ex-mandatário.
Ainda segundo Valdemar, Tarcísio de Freitas vai se unir ao partido e disputar a reeleição em São Paulo. O governador não confirma a declaração.
“Não tenho dúvidas [de que irá se filiar]. Ele falou para mim que vinha para o PL. Sempre disse isso: eu nunca perguntei a ele. Ele marcou um jantar com o Rogério Marinho e me comunicou que iria ao PL. Quem sabe agora, depois das eleições”, afirmou.
Depoimento
Em depoimento à Controladoria-Geral da União (CGU), na terça-feira (5), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ter pedido apoio a ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques na campanha eleitoral em 2022. O caso também é investigado pela Polícia Federal.
Os investigadores ouviram Bolsonaro, por videoconferência, no âmbito de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que apura uma suposta ordem para realização de bloqueios em rodovias para evitar o deslocamento de eleitores para locais de votação durante as eleições de 2022.
O ex-presidente é testemunha de defesa de Silvinei no processo, que tramita sob sigilo e pode levar à aplicação de uma advertência ou até mesmo à perda da aposentadoria de Silvinei.
Em agosto, a desembargadora Ana Cristina Ferro Blasi, da 11ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), mandou reabrir o PAD na CGU, a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU). Silvinei conseguiu a suspensão do processo na Justiça Federal de Santa Catarina.
O ex-diretor geral da PRF ficou quase um ano preso por, supostamente, tentar interferir no segundo turno das eleições de 2022 para beneficiar Jair Bolsonaro.
Ele deixou a cadeia no início de agosto, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Silvinei e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres são suspeitos de restringir, impedir ou dificultar o exercício de direitos políticos. A pena prevista no Código Penal é de três a seis anos de prisão.
*Com informações do site CNN e O Tempo
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