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investigação

Celular e computador de fotógrafo brasileiro desaparecido em Paris são entregues à polícia

Flávio de Castro Sousa, 36 anos, foi visto pela última vez no dia 26 de novembro, quando pegaria o voo de volta para o Brasil

Amigos do fotógrafo brasileiro Flávio de Castro Sousa, 36 anos, que está desaparecido em Paris desde o fim de novembro, entregaram à polícia francesa o computador e o celular dele à polícia francesa nesta quinta-feira (12).

Morador de Paris, o filósofo e professor Rafael Basso disse que, além dos equipamentos eletrônicos, foram entregues à polícia três escovas de dentes que pertencem a Flávio, para o caso de as autoridades precisarem de material para realização de exame de DNA.

Segundo Basso, que é amigo do fotógrafo, a polícia francesa só recebeu hoje os dispositivos eletrônicos de Flávio –16 dias após o desaparecimento. “Gostaria de saber porque a polícia se interessou somente agora. [Não recebemos] nenhuma pista, nem novidades. Essa lentidão da polícia daqui nos mata”, disse.

Basso afirma que os aparelhos estavam com ele. “Não temos acesso ao celular por ser bloqueado. Esperamos que seja periciado o quanto antes. O mesmo acontece com o computador.”Play Video

Nas redes sociais, Basso afirmou que prestou depoimento à polícia francesa, mas que recebeu ordem para não informar o que foi dito.

Ainda de acordo com o professor, as malas do fotógrafo já foram entregues à Embaixada do Brasil em Paris. No dia 4 de dezembro, o nome de Flávio foi incluído na lista de desaparecidos da Interpol.

Relembre o caso

Conhecido pelo nome artístico de Flávio Carrilho, o brasileiro, que mora em Belo Horizonte (MG), foi visto pela última vez no dia 26 de novembro, dia em que deveria pegar o voo de volta para o Brasil.

A família diz ter sido informada pela companhia aérea Latam que o check-in para o voo ao Brasil chegou a ser feito, mas o fotógrafo não embarcou. A CNN procurou a Latam, mas a empresa afirmou que não comenta sobre passageiros.

Nascido em Candeias, no interior de Minas Gerais, Flávio foi à França para uma viagem a trabalho. Ele chegou a Paris no dia 1º de novembro e, após os compromissos profissionais, ficaria por lá para passar as férias até o fim do mês.

Um dia depois do desaparecimento, um homem chamado Alex, que Flávio teria conhecido durante a viagem, entrou em contato pelo Instagram com um amigo do brasileiro e disse que ele havia se acidentado e chegou a ser hospitalizado, mas que havia sido liberado da unidade de saúde no mesmo dia.

Os familiares relataram que foram informados de que, ainda no dia 26, Flávio solicitou a prorrogação da estadia no apartamento onde estava hospedado por mais um dia. Ele teria ido ao imóvel e, desde então, não respondeu mais mensagens.

Em comunicado à imprensa, a família acrescenta que, segundo Alex, todos os pertences do brasileiro foram retirados do apartamento, inclusive o passaporte dele.

Celular foi encontrado em um vaso de plantas

Após o desaparecimento, a mãe de Flávio tentou ligar para o celular dele insistentemente. Na madrugada do dia 28, um estranho atendeu o telefone. Por não falar português, essa pessoa passou o celular para um brasileiro que trabalha em um restaurante na capital francesa.

Esse brasileiro, identificado como Denis, “conversou com a mãe e explicou que acharam o celular em um vaso de plantas, por volta das 7h do dia 27 de novembro, na porta do restaurante”, diz a nota enviada pela família.

*Com informações da CNN Brasil

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