Nesta quarta-feira (25), os moradores de Kiev, capital da Ucrânia, se abrigaram em estações de metrô depois que os militares ucranianos emitiram um alerta nacional em resposta a lançamentos de mísseis de cruzeiro da Rússia.
Famílias com crianças e animais de estimação sentaram ou dormiram em colchonetes dentro do metrô nas primeiras horas da manhã de Natal.
A Rússia atacou o sistema de energia da Ucrânia e cidades em da região oriental com mísseis de cruzeiro e balísticos na manhã desta quarta, disseram o ministro de energia da Ucrânia e autoridades locais.
A Rússia intensificou seus ataques ao setor de energia ucraniano, danificando quase metade de sua capacidade de geração e causando apagões que duraram horas em todo o país.
A maior empresa privada de energia da Ucrânia, a DTEK, disse que suas instalações de geração foram atacadas, causando “danos sérios” ao equipamento.
Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.
Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.
Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.
As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.
O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.
A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.
O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.
*Com informações da CNN Brasil
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