A investigação sobre o envenenamento de um bolo que matou três pessoas e deixou outras três internadas, em Torres, no Rio Grande do Sul, no dia 23 de dezembro, aponta que a motivação do crime pode estar relacionada a uma desavença familiar que dura mais de 20 anos.
A polícia acredita que o conflito entre Deise Moura dos Anjos e as vítimas foi crucial para o trágico desfecho. De acordo com fontes próximas, a relação de Deise com sua sogra, Zeli dos Anjos, era tensa. Deise teria fornecido um pacote de farinha de trigo com arsênio para a idosa, que preparou o bolo envenenado.
Uma perícia no celular de Deise revelou que ela fez pesquisas na internet, em novembro, sobre arsênio, substância tóxica presente nas vítimas. A Diretora Geral de Perícias, Marguet Mittmann, informou que o envenenamento ocorreu pela farinha de trigo, que continha 65 gramas de arsênio por quilo — 2.700 vezes mais do que a concentração encontrada no bolo.
Deise era casada com o filho de Zeli há cerca de 20 anos. A sogra, de 60 anos, é a única sobrevivente ainda internada. As vítimas fatais foram Zeli e duas irmãs dela: Neusa Denise Silva dos Santos, de 65 anos, Tatiana Berenice Silva dos Anjos, de 43 anos, e Maida Berenice Flores da Silva, de 58 anos. O marido de Maida e um menino de 10 anos, neto de Neusa, também foram envenenados, mas já tiveram alta.
Em setembro de 2023, o marido de Zeli, Paulo Luiz, morreu com sintomas de intoxicação alimentar grave. Seu corpo será exumado para investigar se ele também foi envenenado. A investigação também busca esclarecer quem seria o verdadeiro alvo do envenenamento.
Deise foi presa no domingo (5) sob acusação de triplo homicídio duplamente qualificado e tentativa de triplo homicídio. Ela foi ouvida em audiência de custódia nesta segunda-feira (6) e permanece detida no Presídio Estadual Feminino de Torres.
*Com informações SBT News
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