Manaus enfrenta desafios significativos na gestão de resíduos sólidos e no saneamento básico, questões que impactam diretamente a qualidade de vida de seus habitantes e o meio ambiente. A cidade, que é um dos principais polos urbanos da Amazônia, ainda lida com práticas inadequadas de descarte de lixo e com um sistema de saneamento básico que deixa muito a desejar.
Dados recentes mostram que Manaus recolhe diariamente uma quantidade impressionante de resíduos sólidos urbanos, mas a destinação final desses materiais ainda é motivo de preocupação. Apesar da existência de aterros sanitários, o descarte irregular de lixo em igarapés e áreas urbanas é uma realidade alarmante. Essa prática não apenas polui os corpos d’água e o solo, mas também contribui para a proliferação de doenças e a emissão de gases de efeito estufa, como o metano.
A falta de conscientização da população e a ausência de políticas públicas eficazes para a coleta seletiva e reciclagem agravam o problema. É essencial que o governo local invista em campanhas educativas e na ampliação de ecopontos para facilitar o descarte correto de resíduos.
No que diz respeito ao saneamento básico, a situação é igualmente preocupante. Manaus ocupa uma posição desfavorável no ranking nacional de saneamento, com grande parte da população ainda sem acesso a redes de esgoto adequadas. A concessionária Águas de Manaus, responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto na cidade, tem um papel crucial nesse cenário.
Embora a empresa tenha apresentado avanços em projetos como o “Trata Bem Manaus”, que visa a universalização do esgotamento sanitário, os resultados ainda estão aquém das necessidades da população. A falta de infraestrutura adequada e a demora na execução de obras são pontos que precisam ser urgentemente abordados.
A solução para esses problemas exige um esforço conjunto entre governo, empresas e sociedade civil. É fundamental que a Águas de Manaus intensifique seus investimentos em infraestrutura e acelere a implementação de projetos de saneamento. Paralelamente, o poder público deve fiscalizar de forma mais rigorosa o descarte irregular de lixo e promover iniciativas que incentivem a reciclagem e a reutilização de materiais.
A população, por sua vez, precisa ser parte ativa desse processo, adotando práticas mais sustentáveis e cobrando das autoridades as melhorias necessárias.
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