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EDITORIAL

Paulo Guedes, um carrasco

Com o cinismo que lhe é característico, o ministro festejou a ampliação, de 25% para 35%, da redução do IPI

A depender do ministro da Economia, Paulo Guedes, a Zona Franca de Manaus continuará a ser tratada a muque, como se fosse o “patinho feio” da federação brasileira. Em recente seminário organizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela Receita Federal, Guedes provou mais uma vez que quer a Zona Franca de Manaus completamente riscada do mapa econômico do país.

No seminário, com o cinismo que lhe é característico, o ministro festejou a ampliação, de 25% para 35%, da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Seu objetivo era agradar a indústria com cortes tributários às vésperas do calendário eleitoral. Os cortes, consolidados em dois decretos assinados pelo presidente Jair Bolsonaro, vão diminuir a carga tributária, vão aliviar a indústria, mas também poderão matar quem não tem nada a ver com o jogo politiqueiro do Palácio do Planalto.

Guedes poderia levar em frente seu festival de redução de IPI, mas desde que excluísse os produtos pertinentes ao Parque Industrial de Manaus (PIM). Entretanto, não o fez pelo simples prazer maquiavélico de ferir de morte os incentivos fiscais assegurados à ZFM pela Constituição.

Nesta terça-feira (3), por ordem do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), está programada uma audiência de conciliação em Brasília, para que o Governo Federal e o Governo do Amazonas encontrem uma solução consensual para o drama vivido pela ZFM, judicializado na Corte.

Conforme a marcha dos acontecimentos, Guedes está se lixando para a audiência. Por isso, mais do que nunca, o Amazonas deve insistir em sua luta na arena do Supremo. Ninguém acredita em outra saída.

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