Se você já viu algum vídeo de gato passeando calmamente de peitoral por aí, talvez tenha se perguntado: será que o meu também se adaptaria? Com três felinos em casa — a Grey, o Wolverine e a Tempestade —, confesso que a curiosidade bateu. Mas, como tudo no mundo felino, cada passo precisa de adaptação, paciência e muito respeito aos limites de cada bichano.
Diferente dos cães, os gatos não têm no instinto o hábito de caminhar em ambiente externo com o tutor. Para eles, qualquer mudança no território pode gerar estresse. Mas isso não significa que passear com um gato seja impossível — apenas que precisa ser feito da forma certa. O primeiro passo é respeitar a personalidade do seu pet: nem todos gostam, nem todos precisam.
A introdução do passeio começa dentro de casa. O peitoral precisa ser confortável, seguro (modelo tipo “H” é o mais recomendado) e bem ajustado ao corpo. Aqui em casa, testei a adaptação com a Grey — que aceitou com elegância —, enquanto o Wolverine protestou como um bom felino dono de si. A Tempestade? Observou tudo com aquele olhar calculado de quem já tem um plano de fuga na manga.
Depois da adaptação ao peitoral, o ideal é fazer pequenos treinos dentro de casa e, só então, partir para ambientes externos controlados — como um quintal fechado ou varanda segura. A rua, com seus sons, cheiros e movimentos imprevisíveis, pode ser um verdadeiro pesadelo para um gato que nunca saiu de casa. Por isso, locais calmos são indispensáveis.
Passear pode ser benéfico sim: estimula os sentidos, alivia o tédio e ajuda a combater a obesidade felina. Mas o passeio precisa ser positivo. Se o gato se mostra assustado, tenta fugir ou se recusa a caminhar, forçar a experiência pode gerar traumas. Em alguns casos, o enriquecimento ambiental dentro de casa pode ser uma alternativa mais saudável e segura.
Vale lembrar: o gato que sai precisa estar com o esquema vacinal em dia, usar antipulgas regularmente e estar identificado (com plaquinha e microchip, se possível). Além disso, o tutor deve estar 100% atento durante o passeio — nada de celular na mão enquanto o felino explora o mundo ao redor.
No final das contas, passear com o gato pode ser uma atividade incrível… ou totalmente dispensável. O importante é respeitar os limites individuais de cada animal. E aqui entre nós: mesmo sem passeios, os meus têm aventuras diárias — seja perseguindo insetos invisíveis ou disputando quem chega primeiro na caixa de papelão nova.
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