Um novo apagão de comunicações atingiu severamente a Faixa de Gaza nesta quinta-feira (12), deixando milhões de pessoas sem acesso à internet e telefonia. O Ministério das Telecomunicações da Palestina responsabilizou forças israelenses por um ataque que danificou a principal linha de fibra óptica do território.

Ataque compromete infraestrutura estratégica

O ministério, ligado à Autoridade Palestina e sediado em Ramallah, informou que o ataque mirou diretamente instalações críticas de telecomunicações. Em nota, o órgão advertiu que ações como essa “podem isolar completamente Gaza do resto do mundo”.

As regiões sul, norte e central da Faixa de Gaza foram as mais afetadas. Segundo o ministério, essas áreas estão totalmente desconectadas há dois dias. Técnicos palestinos tentam acessar os locais danificados, mas enfrentam obstáculos causados por riscos de segurança e destruição da infraestrutura.

Comunicações estão quase impossíveis

Correspondentes da Agência France Presse relataram que, nas últimas 24 horas, as comunicações em Gaza praticamente colapsaram. Eles também apontaram que Israel tem bloqueado esforços palestinos para consertar a rede de telecomunicações ao longo dos últimos meses.

Apesar do colapso, algumas ligações por celular ainda funcionam, mas de forma muito limitada. A porta-voz do Ministério das Telecomunicações, Maysa Monayer, afirmou que a capacidade dessas ligações é “extremamente reduzida”.

Serviços de resgate enfrentam sérios problemas

O Crescente Vermelho Palestino denunciou que a falha nas comunicações dificulta severamente o trabalho das equipes de resgate. Segundo a organização, a falta de contato impede o envio rápido de socorro às áreas afetadas.

“Estamos sem meios de comunicação com nossas equipes no local. As operações de socorro estão sendo seriamente comprometidas”, alertou a entidade médica.

Isolamento agrava crise humanitária

O apagão agrava ainda mais a situação humanitária em Gaza, já impactada por bombardeios constantes, bloqueios e escassez de recursos. Organizações internacionais temem que o isolamento da população dificulte o envio de ajuda e reduza a visibilidade dos acontecimentos na região.

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