A estudante brasileira Caroline Dias Gonçalves, de 19 anos, está presa desde o dia 5 de junho nos Estados Unidos. Ela foi detida por agentes do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândega) durante uma abordagem de trânsito no estado do Colorado.

Caroline é aluna da Universidade de Utah e vive nos EUA desde os sete anos, quando se mudou com a família para Salt Lake City. A jovem é uma das beneficiárias da bolsa de estudos oferecida pela organização TheDream.US, que denunciou a prisão.

Brasileira tem autorização de trabalho, mas foi detida

Segundo a entidade, Caroline possui autorização de trabalho válida, mas está sendo mantida em um centro de detenção privado, em cela com outras 17 mulheres. A família entrou com pedido de asilo há três anos, mas o processo ainda não foi concluído.

Em protesto, familiares e amigos criaram uma petição online pedindo a liberação da estudante. Também lançaram uma vaquinha virtual para ajudar com despesas legais e de viagem. Até a tarde de terça-feira (17), mais de 760 pessoas já haviam contribuído.

‘Sonhadores pertencem a salas de aula — não a gaiolas’

No manifesto publicado online, os apoiadores criticaram o sistema de imigração:

“Nosso sistema está trancando Caroline em uma instituição privada que lucra com o sofrimento humano. Sonhadores pertencem a salas de aula — não a gaiolas”, diz o texto.

A presidente da TheDream.US, Gaby Pacheco, afirmou que a jovem é mais uma vítima das atuais políticas de imigração do governo Trump.

“Cada dia que adiamos é mais um dia em que estudantes como Caroline são colocados em risco. Educação, não detenção e deportação”, disse Pacheco.

Perda da bolsa e intensificação das deportações

A detenção de Caroline já causou prejuízos à sua vida acadêmica. Ela perdeu o prazo de renovação da bolsa para o semestre de outono. A TheDream.US teme que o caso represente um retrocesso na proteção de jovens imigrantes.

O episódio ocorre no momento em que Donald Trump voltou a pressionar por uma deportação em massa de imigrantes ilegais. No último domingo (15), o ex-presidente publicou nas redes sociais que espera maior atuação do ICE em cidades como Los Angeles, Chicago e Nova York.

(*) Com informações do SBT News

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