Segundo números divulgados pela Global Forest Watch, ferramenta da organização não governamental WRI (World Resources Institute) em parceria com a Universidade de Maryland, nos EUA, o Brasil foi líder, em 2021, na perda de florestas tropicais no mundo, o que significa constatar que a Amazônia está virando cinzas.
A derrubada da floresta envolve a perda de 1,5 milhão de hectares, ou 15 mil quilômetros quadrados, valor menor do que o registrado em 2020, porém maior do que os números de 2018 e 2019.
Fabíola Zerbini, diretora de florestas, agricultura e uso do solo do WRI Brasil, sustenta que a expansão dos pontos com desmatamento é mais forte no Amazonas. Em nível nacional, o agronegócio é apontado como o principal vilão do desmatamento, aumentando bastante as emissões de gases-estufa.
“O mundo não vai atingir a meta climática de limitar o aquecimento global a 1,5°C se a Amazônia não for protegida”, afirma Zerbini, entendendo que o Brasil, por conta disso, se transformará em um dos grandes fatores que impedirão o mundo de cumprir as metas do Acordo de Paris a fim de evitar que a temperatura planetária suba para mais de 1,5°C.
Para evitar o pior, o governo brasileiro teria que executar, com urgência, um sério plano de combate ao desmatamento e às queimadas, em parceria com os governos estaduais, a fim de conseguir reduzir, drasticamente, as emissões de gases-estufa, o que não será provável devido à deliberada ojeriza governamental à causa ambiental. Pior para a Amazônia e para o planeta, infelizmente.
Edição Web: Bruna Oliveira
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