Por Juarez Baldoino da Costa (*)

” Para ser o maior, ousar é preciso!”

A Imigrantes, licenciada, com sua engenharia de ponta e com o tráfego anual de seus 40 milhões de veículos a passeio ou a trabalho segundo sua administradora Ecovias, encravada na Serra do Mar no acesso ao litoral do estado mais rico do país e no meio da Mata Atlântica, é uma rodovia suspensa em grande parte de sua construção.

A BR 319, traçada principalmente no Amazonas, um dos estados com os índices mais altos de pobreza principalmente no interior, que liga Manaus a Porto Velho, ainda está às voltas há anos para obter a licença ambiental para recompor seu Trecho do Meio de 405 Km. Por isto, seu tráfego é de apenas alguns milhares de veículos por ano e até perto de zero em determinados momentos na época das chuvas.

A Imigrantes resolveu tecnicamente seu traçado na serra com a construção de viadutos que estão entre os mais altos do mundo.

A questão ambiental da 319 no trecho de 405 Km está ligada ao seu contato com o solo e todas as consequências disto derivadas, principalmente o desmatamento sem controle, o efeito “espinha de peixe” em seus ramais ilegais, crimes fundiários, contra a fauna e com a extração de madeira, entre outros.

A proposta de solução já apresentada ao DNIT para a construção do Elevado BR 319 no Trecho do Meio elimina todos os problemas ambientais e por isso facilita o licenciamento, cujos detalhes foram discutidos em reunião realizada pelo signatário deste artigo com o órgão, em Manaus.

Há estimativas de custo, fontes de financiamento e definições de funcionalidade e governança. 

A maior floresta do mundo, com uma estrada que inicia no maior rio do mundo, poderia ter o maior elevado do mundo com o maior projeto do mundo de proteção ambiental.

Para ser o maior, ousar é preciso! 

(*) Amazonólogo, MSc em Sociedade e Cultura da Amazônia – UFAM, Economista, Contabilista, Professor de Pós-Graduação e Consultor de empresas especializado em ZFM.

Leia mais: ZFM se socorre da floresta de novo