Um grupo criminoso envolvido com tráfico interestadual de drogas foi desarticulado em operação integrada entre as Polícias Civis do Amazonas, São Paulo e Espírito Santo. A ofensiva ocorreu simultaneamente nos três estados e resultou na prisão de quatro homens, além da apreensão de drogas sintéticas, dinheiro e bloqueio de contas bancárias.

Os presos foram identificados como Erison da Silva Velasques, 21; Gabriel Souza da Silva, 20; Mikhael Martins Peixoto, 41; e um quarto suspeito de 20 anos, detido em São Paulo. Eles são investigados por tráfico de drogas, associação para o tráfico e financiamento ao tráfico.

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Bruno Fraga, a operação é um desdobramento de uma investigação iniciada em 2024, em São Gabriel da Cachoeira (a 852 quilômetros de Manaus). Na primeira fase da apuração, quatro pessoas foram presas e 400 quilos de entorpecentes foram apreendidos.

“As prisões mais recentes ocorreram após identificarmos que os investigados eram responsáveis pela logística de transporte das drogas do interior do estado para Manaus, de onde eram enviadas ao Sudeste”, disse Fraga.

Durante a ação, foram apreendidos mil comprimidos de ecstasy, 600 micropontos de LSD e porções de maconha. Além disso, contas bancárias ligadas à quadrilha, com saldo superior a R$ 1 milhão, foram bloqueadas com autorização judicial.

A delegada Grace Jardim, que deu início às investigações, explicou que a apuração começou após várias apreensões de malas com drogas no aeroporto de São Gabriel da Cachoeira. “Com o tempo, ficou evidente que havia um esquema estruturado de envio de entorpecentes em todos os voos, e identificamos um comprador recorrente, o que ajudou a traçar a rede criminosa”, afirmou.

O delegado Rodrigo Torres, diretor do Departamento de Narcóticos (Denarc), disse que o grupo operava em duas frentes: enviava maconha para o Sudeste e recebia drogas sintéticas em troca. Um dos principais objetivos da investigação agora é localizar o líder da organização, que está foragido.

Procedimentos
Os quatro presos na operação responderão por tráfico de drogas, associação para o tráfico e financiamento ao tráfico. Eles permanecem à disposição do Poder Judiciário.

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