A prefeita de Maués, Macelly Veras (PDT), vai gastar mais de R$ 9,5 milhões com aluguel de caminhões e máquinas pesadas para obras no município, de acordo com publicação do pregão eletrônico divulgado no Diário Oficial da associação Amazonense dos Municípios (AAM) nesta terça-feira (12).

A vencedora da licitação é a empresa HSX Engenharia e Construções Ltda, localizada em Manaus. Segundo o documento, a prestação de serviço será direto para a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos.

O contrato prevê o aluguel dos equipamentos por R$ 9.575.744,64, conforme a necessidade da administração municipal. Vale ressaltar que esse valor não inclui o fornecimento de combustível, que pode gerar mais custos ao Executivo municipal.

O Portal Em Tempo apurou que a empresa foi criada em 2019 e é administrada por Higor Leonardo de Lima Nery, possuindo capital social de R$ 800 mil. Além disso, a mesma já firmou contratos milionários com outras prefeituras do interior do estado, bem como, com Câmaras de Vereadores.

Conforme o documento, a contratação utiliza o Sistema de Registro de Preços, uma modalidade que permite à prefeitura solicitar os serviços de acordo com a demanda, garantindo o preço fixado, mas sem a obrigação de contratar imediatamente toda a quantia prevista.

Veja a publicação:

Contratações milionárias em 2025

Somente em 2025, Macelly Veras já firmou outras contratações milionárias para o município que geraram polêmica entre a população de Maués. Em fevereiro, por exemplo, a chefe do Executivo municipal assinou duas contratações diretas com dispensa de licitação com duas construtoras, somando o valor global de R$ 8.071.863,53.

Já em abril deste ano, mesmo após decretar calamidade financeira em Maués no início de seu mandato, a prefeita autorizou, a contratação de uma empresa de Manaus para prestar serviços em eventos culturais do município. A vencedora da contratação foi a empresa Unipublicidade Organização de Eventos Ltda., que abocanhou valor global de R$ 7,5 milhões dos cofres públicos.

A empresa é investigada pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM) e pelo Tribunal de Contas (TCE-AM) por contratações de preços elevados com a Manauscult.

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