A bacia amazônica, a maior em água doce do planeta está presente em nove países da América do Sul. Este berço de “líquido precioso” está enfrentando uma grave ameaça: a poluição por plástico. De acordo com um estudo publicado na Revista Ambio, o rio Amazonas é o segundo curso d’água mais poluído por plástico do mundo.

A contaminação não afeta apenas o ambiente aquático, mas também compromete a fauna, a flora e os ecossistemas terrestres, colocando em risco a biodiversidade única da região, além de causar danos à saúde de quem reside nas margens dos rios amazônicos.

Antônio Vasconcelos, o Toninho, mora há 42 anos no bairro Colônia Antônio Aleixo e vive da pesca no Lago de sua comunidade. Ele relata a dificuldade de pescar por conta da quantidade de lixos plásticos encontrados nos rios e que acabam presos nas redes de pesca: as malhadeiras.

“Deixamos de pegar mais peixes porque a malhadeira vai arrastando e desenterrando as garrafas pet. Os lixos costumam entrar do rio Amazonas para o lago do Aleixo. Muitos plásticos ficam no fundo dos rios e no igapó,” disse ele.

Pescador Antônio Vasconcelos, no Lago do Aleixo, zona Leste de Manaus (Foto: Duilio Cândido/Portal Em Tempo)

Toninho ressalta ainda o perigo da poluição por afetar o ecossistema da região e a qualidade dos peixes. Ele relembra de 2024, quando o rio Amazonas enfrentou uma das secas mais severas já vivenciadas na Bacia Amazônica. O Rio Negro por sua vez atingiu sua menor marca em mais de 120 anos, que foi de 12,66 metros no mês de outubro.

O Lago do Aleixo também sofreu com a seca se tornando apenas um filete de água. Com níveis tão baixos, os moradores tiveram de conviver com o forte odor da contaminação do local.

“No ano passado, aqui ficou intransitável, ninguém podia sair nem entrar, só andando de pés. Mais de três quilômetros para chegar na beira do rio Amazonas. Quando seca o rio, as águas ficam fedorentas e ninguém pode nem tomar banho em nossa comunidade. Por conta disso, já morreram muitos peixes em meio ao lixo jogado no rio que desagua no nosso lago”, destaca o pescador.

Gravidade da poluição: estudo científico

O cenário de contaminação dos rios e lagos da Amazônia e sentido na pele de quem mora em comunidades ribeirinhas, foi confirmado por um estudo publicado na Revista Ambio, resultado de uma parceria entre o Laboratório de Modelagem em Estatística, Geoprocessamento e Epidemiologia (Legepi) da Fiocruz Amazônia e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.

A pesquisa revela que o Rio Amazonas é o segundo rio mais poluído por plástico no mundo, contribuindo significativamente para a poluição plástica oceânica, por conta de os rios desaguarem no mar. As estimativas indicam que o Amazonas é responsável por aproximadamente 10% de todo o plástico que chega aos oceanos.

O pesquisador Daniel Tregidgo, do Instituto Mamirauá, afirma que a poluição dos rios amazônicos é um problema da região, mas acaba refletindo em outras partes do mundo.

“A bacia Amazônica é a maior hidrografia do mundo, tem várias cidades grandes poluindo os rios e pouca infraestrutura para lidar com o lixo. A acumulação de todo esse plástico afeta diretamente os ecossistemas locais e, depois, chega aos oceanos, causando ainda mais problemas para os animais marinhos”, explicou o pesquisador.

Pesquisador Daniel Tregidgo, do Instituto Mamirauá (Foto: Divulgação/Miguel Monteiro)

Plásticos invisíveis na Amazônia

As análises do estudo mostram ainda macroplásticos, mesoplásticos, microplásticos e nanoplásticos nas águas negras da região, indicando que a contaminação vai muito além do ambiente marinho. Resíduos foram detectados de leste a oeste do vasto bioma amazônico, uma área equivalente a duas vezes o tamanho da Índia.

O epidemiologista da Fiocruz Amazônia, Jesem Orellana, ressalta que fragmentos plásticos já foram identificados em diferentes espécies terrestres e aéreas, o que demonstra a ampla dispersão do problema.

“O que mais impressionou foi a sua dispersão quase universal, incluindo plástico na composição de ninhos de aves, substituindo componentes naturais, bem como morte de peixes-boi e aves devido à ingestão de fragmentos maiores de plástico. O fato é que ainda faltam muitos estudos para avaliar o real impacto desses resíduos no bioma amazônico”, disse Jesem.

Epidemiologista da Fiocruz Amazônia, Jesem Orellana (Foto: Divulgação/Aleam)

O mesmo estudo também identificou microplásticos em espécies terrestres, como formigas amazônicas, pererecas e morcegos. Os achados mostram que a contaminação vai além dos rios, alcançando todo o ecossistema amazônico e representando um risco tanto à fauna, em diferentes níveis da cadeia alimentar, quanto à saúde humana.

Riscos à saúde humana

O pesquisador Daniel Tregidgo alerta que, embora os efeitos dos nanoplásticos ainda não sejam bem estudados na Amazônia, esses fragmentos já estão presentes e podem penetrar em células, representando um risco ainda maior para a saúde de animais e humanos.

“Quando se trata de nanoplásticos, que ainda não têm pesquisas na Amazônia, sabemos que eles podem entrar nas células dos animais, representando um risco muito maior para a saúde deles e dos humanos, que acabam se alimentando dos animais, seja ele aquático ou terrestre”, diz Daniel Tregidgo.

Porcos se alimentam do lixo trazido pela cheia dos rios (Foto: André Moreira/Em Tempo)

Os especialistas entrevistados pelo Em Tempo alertam que a contaminação por plásticos pode se intensificar durante as cheias, quando os “lixos plásticos” são transportados pelas águas, e permanecer na terra após o recuo, especialmente em áreas urbanas próximas a igarapés. Essa situação afeta diretamente as comunidades ribeirinhas, que convivem diariamente com os impactos dos resíduos acumulados.

Tipos de plásticos identificados

Os macroplásticos são os fragmentos maiores, com mais de 25 milímetros, e incluem objetos como brinquedos, canudos, garrafas, pratos, copos, tampas e sacolas plásticas. Esses resíduos, visíveis a olho nu, foram detectados nas águas da Amazônia por observação direta.

Os mesoplásticos são partículas intermediárias, entre 5 e 25 milímetros. Embora menores, ainda podem ser vistos sem instrumentos de aumento, indicando a fragmentação de resíduos maiores ao longo do tempo.

Os microplásticos são os mais numerosos e preocupantes. Com menos de 5 milímetros, muitas vezes são imperceptíveis sem equipamentos. No estudo, fibras, fragmentos e filamentos foram os tipos mais comuns identificados.

Já os nanoplásticos são ainda menores, com menos de 1 micrômetro e podem penetrar em células vivas, o que os torna potencialmente mais perigosos para a fauna e para a saúde humana. Apesar disso, há poucos estudos sobre a presença desse tipo de partícula na Amazônia.

Igarapé do Educandos

Um exemplo próximo da capital amazonense é o igarapé do Educandos, localizado na Zona Sul. O local ilustra bem a gravidade do problema da poluição plástica no Rio Negro. Materiais plásticos, restos de móveis e pneus descartados irregularmente formam um cenário de poluição visível, afetando diretamente o ecossistema local e as condições de vida da comunidade.

Acúmulo de lixo nas margens do igarapé do Educandos após período de vazante do Rio Negro (Foto: André Moreira/Em Tempo)

O líder comunitário Dirceu Paz, morador há 40 anos do bairro, explica que o acúmulo de lixo aumenta os riscos para a comunidade, especialmente durante o período de cheias. 

“Esse lixo vem também de outros igarapés, como o do 40 e do Jefferson Pérez. Tudo desagua aqui na bacia do Educandos. É muito difícil para a comunidade, porque a prefeitura só faz limpeza no meio do igarapé; pelas laterais não há manutenção. Durante a cheia, a água contaminada vira um grande esgoto, e há perigo com animais como cobras, ratos e até jacarés, que vem se alimentar neste local”, disse Dirceu.

Líder comunitário Dirceu Paz, morador do bairro Educandos, relata situação de moradores do igarapé do Educandos (Foto: Duilio Cândido/Portal Em Tempo)

A moradora Marilena Santos acrescenta que o acúmulo de resíduos afeta principalmente as crianças e adolescentes, que brincam em meio ao lixo devido à falta de espaços adequados. Ela aponta que esses jovens ficam expostos a diversos riscos de saúde.

“Para as crianças é muito difícil brincar aqui. Elas acabam indo para perto do igarapé, no meio do lixo, e saem com ferimentos nos pés, cortados por pregos. Muitas pessoas já ficaram doentes por virose, alergia, diarreia. Quando o igarapé enche, há doenças, e quando seca piora a situação”, explicou Marilena.

Moradora Marilena Santos, fala sobre os riscos à saúde dos moradores causados pela poluição plástica (Foto: Duilio Cândido/Portal Em Tempo)

Dirceu também enfatiza que políticas públicas eficazes e programas de educação ambiental para a comunidade seriam fundamentais para melhorar a situação vivida pelos moradores da região.

“Somente a ação conjunta pode nos ajudar nesse momento em que o bairro já passou por incêndios. Aqui, perto do igarapé, não chega a equipe de limpeza e não temos um dia fixo para o recolhimento do lixo. É preciso mais conscientização da prefeitura e do governo, com o apoio dos moradores do bairro de Educandos”, conclui Dirceu.

Manaus Moderna

Um dos cartões-postais da capital amazonense, a Orla da Manaus Moderna está entre os locais com maior acúmulo de lixo, tanto no período da cheia quanto na seca dos rios. Em muitos trechos, as pessoas são obrigadas a caminhar sobre milhares de garrafas PET e de vidro, latas, sacolas plásticas, restos de eletrodomésticos e até pneus para chegar às balsas atracadas no local.

Segundo o autônomo Paulo Viana Maciel, de 32 anos, parte do lixo da orla da Manaus Moderna vem dos igarapés, mas outra parte é jogada por passageiros de barcos que atracam no porto central.

“Tem muito lixo que vem pelos igarapés que deságuam na Manaus Moderna, mas parte dele é jogada por pessoas irresponsáveis que viajam nas embarcações que vêm para a capital amazonense”, afirma ele.

Esgoto a céu aberto contribui para a poluição da orla da Manaus Moderna (Foto: André Moreira/Em Tempo)

O trabalhador destaca que somente com um trabalho contínuo de conscientização ambiental será possível resolver o problema crônico do lixo na Manaus Moderna.

“Os órgãos públicos são responsáveis por promover a conscientização ambiental, ressaltando os males que o lixo causa à natureza e aos seres humanos. Sem esse trabalho de formiguinha, nunca mudaremos a realidade da nossa cidade”, finaliza.

Outro profissional que atua na orla há mais de duas décadas, Raimundo Silas Dantas, de 56 anos, relata que muitas pessoas já se feriram ao pisar em resíduos deixados no local.

“Muitas pessoas cortaram o pé ao pisar em garrafas de vidro ou se feriram com outros tipos de lixo, como latas de ferro espalhadas pela praia da Manaus Moderna. É um verdadeiro lixão a céu aberto”, lamenta o autônomo.

Poluição peruana

Um lixão a céu aberto no vilarejo peruano de Islândia, conhecido como a “Veneza peruana”, tem preocupado moradores e autoridades do município de Benjamin Constant (a 1.118 quilômetros de Manaus). Isso porque todos os dejetos da cidade fronteiriça são despejados em plena floresta amazônica e nas margens dos rios que banham o Estado do Amazonas.

A grande quantidade de lixo lançada nas águas acaba chegando à capital amazonense e, posteriormente, aos oceanos. As águas do rio Javari vêm sendo contaminadas pelos resíduos despejados pela cidade peruana. A situação se agrava durante a subida dos rios, que geralmente ocorre entre fevereiro e março, com o início da estação chuvosa, atingindo o pico por volta de junho.

Lixão a céu aberto no vilarejo peruano de Islândia, conhecido como a “Veneza peruana” (Foto: Divulgação/Prefeitura de Benjamin Constant)

Análises realizadas por pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) já apontaram a presença de altos níveis de coliformes fecais nas águas dos rios dos municípios brasileiros fronteiriços à cidade peruana de Islândia: Benjamin Constant e Atalaia do Norte.

“O primeiro alerta para a saúde humana é a contaminação das águas por coliformes fecais, o que pode afetar diretamente os moradores ribeirinhos que vivem no entorno do lixão peruano”, destacou Geise Canalez, pesquisadora em Ciências Ambientais da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

As concessionárias responsáveis pelo abastecimento de água no Amazonas acabam arcando com os impactos causados pela cidade vizinha, tendo de investir milhões de reais para garantir água potável nas torneiras da população do Estado.

Ecobarreiras nos igarapés de Manaus

Apesar do cenário crítico, uma alternativa para reduzir a quantidade de lixo nos rios são as ecobarreiras, estruturas flutuantes que retêm o lixo sólido nos igarapés. Elas funcionam como peneiras gigantes, interceptando desde grandes pedaços de plástico até pequenos fragmentos de material poluente.

Ecobarreiras retêm parte do lixo sólido nos igarapés de Manaus (Foto: Divulgação/Semulsp)

De acordo com dados da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), o município conta atualmente com 11 ecobarreiras em pontos estratégicos da cidade. Em média, são retiradas cerca de 300 toneladas de lixo por mês, e, em 2024, as estruturas evitaram o lançamento de aproximadamente 2,5 mil toneladas de resíduos nos rios.

Gráfico mostra uma queda na quantidade de lixo retirado no rio Negro após a instalação das ecobarreiras (Arte: Leonardo Cruz/Em Tempo)

O ativista ambiental Manoel Ademar, o “Mazinho da Ecobarreira” e criador da iniciativa, explica que, desde a implantação, a quantidade de lixo retirada reduziu pela metade. Além disso, o método é mais econômico, dispensando o uso de dragas ou balsas, e sem a necessidade de que agentes de limpeza entrem na água.

“A metade do lixo que desaguavam no Rio Negro foi reduzida por causa das ecobarreiras, principalmente pelo transbordo, que retira o material. A estrutura faz a primeira etapa do tratamento, retendo resíduos que boiam ou estão em decomposição. Ainda é uma forma mais econômica, pois os agentes não precisam entrar diretamente no igarapé ou na água contaminada para fazer a limpeza”, ressalta Mazinho.

Limpeza das ecobarreiras é realizada pelos agentes de limpeza da Semulsp (Foto: Divulgação/Semulsp)

Saneamento e proteção dos igarapés

A ações de limpeza e conscientização, como as ecobarreiras, desempenham papel fundamental na proteção dos igarapés e rios, porém não solucionam o problema. Isso reforça a importância do saneamento e do monitoramento contínuo da qualidade da água, papel realizado pela concessionária Águas de Manaus, que trabalha para aumentar a cobertura sanitária.

Coordenadora de laboratório, Géssica Oliveira, destaca que o controle do esgotamento sanitário é fundamental para impedir que resíduos sólidos cheguem aos rios e igarapés.

“Infelizmente, ainda recebemos muitos descartáveis como fraldas, absorventes, plásticos e até pedaços de madeira. Tudo isso impacta bastante o tratamento da água, porque o processo precisa ser interrompido para a remoção desses resíduos antes de seguir para as etapas seguintes”, afirma Géssica.

Coordenadora de laboratório, Géssica Oliveira, da concessionária Águas de Manaus (Foto: Duilio Cândido/Portal Em Tempo)

A especialista também aponta que, em Manaus, o tratamento da água exige cuidados específicos, devido às características da água negra encontrada na região amazônica, que é naturalmente mais densa e rica em compostos orgânicos.

“A água do Rio Negro é uma água diferente das de outras regiões do país, então o processo de tratamento exige mais etapas e monitoramento constante para garantir a potabilidade e qualidade no fornecimento da água na casa das pessoas”, explica Géssica.

Atualmente, a Águas de Manaus cobre cerca de 30% da cidade com rede de esgoto, mas a meta é alcançar 90% de cobertura até 2033, conforme o marco do saneamento. Além do tratamento, a concessionária realiza ações preventivas de monitoramento e controle de contaminação da água, inclusive por microplásticos e mesoplásticos.

“Fazemos um monitoramento específico para evitar contaminação. A Portaria 888 do Ministério da Saúde estabelece as etapas necessárias para assegurar água potável, desde as captações até o acompanhamento contínuo, não apenas na nossa região amazônica, mas em todo o território. Esse trabalho permite que nos antecipemos a problemas como os microplásticos”, detalha Géssica.

Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Timbiras da Águas de Manaus (Foto: Divulgação/Águas de Manaus)

Obras adaptadas em áreas vulneráveis

Em áreas com moradias sobre palafitas, como o Beco Nonato, no bairro Cachoeirinha, a concessionária desenvolveu soluções específicas para levar saneamento básico às famílias, e água potável.

“Essas áreas eram historicamente esquecidas. Hoje conseguimos levar tanto a rede de água quanto de esgoto, com adaptações que acompanham as cheias e vazantes dos rios. No Beco Nonato, por exemplo, mais de 900 famílias já foram atendidas pela concessionária”, conta Gessica.

Beco Nonato conta com rede de água potável e esgoto ((Foto: Divulgação/Águas de Manaus)

Essas obras têm contribuído para reduzir a contaminação dos igarapés e melhorar a qualidade da água nas áreas atendidas pela empresa.

“É um trabalho que envolve inclusão, porque saneamento é um direito de todos. Cada novo ramal conectado representa menos esgoto indo para o rio”, completa ela.

Reaproveitamento de garrafas PET

Além das ecobarreiras, a Semulsp realiza ações para dar um novo destino às garrafas PET retiradas dos igarapés de Manaus, promovendo a conscientização ambiental e o reaproveitamento de resíduos.

“Essas garrafas são reaproveitadas de várias maneiras, como artesanato e até árvores de Natal espalhadas pela cidade. É um lixo reciclado que gera renda para quem precisa, e isso nos dá muita satisfação. Nosso trabalho é contínuo e faz a diferença na cidade”, explica Julia Almeida, agente de limpeza.

Agente de limpeza, Julia Almeida, reaproveita garrafas PET para confecção de artesanatos (Foto: Duilio Cândido/Portal Em Tempo)

Dessa forma, a Semulsp combina educação ambiental, reaproveitamento de resíduos e incentivo social, mostrando que o lixo pode ter uma segunda vida útil e inspirar a população a cuidar melhor do ambiente.

Impactos globais e oportunidades na COP-30

Para o epidemiologista Jesem Orellana, a COP-30 representa uma oportunidade crucial para discutir pautas estratégicas sobre a Amazônia, incluindo a poluição plástica e seus impactos ambientais.

“Se nada for feito, o ecossistema amazônico sofrerá impactos cada vez mais severos, com consequências para a fauna, a flora e as comunidades locais. A COP-30 é uma oportunidade estratégica para colocar a poluição plástica na agenda global e buscar soluções concretas, trazendo acordos internacionais efetivos que até agora têm falhado”, alerta Orellana.

Apesar dos desafios, ele acredita que ainda há esperança para o futuro da região.

“O reconhecimento do problema e a mobilização internacional podem gerar medidas de preservação eficazes. Ainda estamos a tempo de proteger esse ecossistema único e garantir um legado sustentável para as próximas gerações”, conclui.

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