Às vésperas da COP30, o prefeito David Almeida vistoriou, nesta quinta-feira (6), as obras do primeiro aterro sanitário municipal de Manaus. A conclusão da primeira célula, prevista para 15 de novembro, marca um novo ciclo de sustentabilidade, gestão de resíduos sólidos e transição energética na cidade.

Localizado no quilômetro 19 da AM-010, bairro Lago Azul, o complexo ocupa 67 hectares, com quatro células sanitárias de cinco hectares cada, totalizando 20 hectares operacionais. Cada célula possui 50 mil metros quadrados e foi construída com impermeabilização, drenagem, contenção, tratamento de efluentes e reaproveitamento energético.

Capacidade e investimento do aterro

O aterro terá capacidade para 2.600 toneladas de resíduos por dia, com vida útil de 20 anos. O investimento varia entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões. A operação, prevista para fevereiro de 2026, será o primeiro aterro sanitário do Norte do Brasil totalmente adequado à Resolução 430 do Conama, encerrando três décadas de uso do antigo aterro controlado.

O prefeito David Almeida ressaltou o impacto histórico da obra:
“Recebemos a cidade de Manaus com um aterro controlado entrando em colapso. Um problema de mais de 30 anos. Coube a nós resolvermos esse problema. Estamos implementando o primeiro aterro sanitário da cidade de Manaus e resolvendo definitivamente essa questão histórica.”

A estrutura também será um pilar da participação de Manaus na COP30, com tratamento adequado de resíduos e produção de biometano para abastecer a frota municipal. “Hoje os nossos veículos de coleta usam combustíveis fósseis, muito poluentes. Com o biometano produzido aqui, vamos mover a frota com energia limpa e reduzir as partículas poluentes. Manaus fará a sua transição energética usando o biometano gerado no próprio aterro sanitário”, afirmou o prefeito.

Foto: Divulgação

Infraestrutura de baixo impacto ambiental

O aterro foi planejado para operar com múltiplas camadas de proteção, sistemas de drenagem, lagoas de chorume e captação de gás metano para biometano. A água tratada será reaproveitada na hidrossemeadura e na umectação das vias internas, garantindo operação sustentável, segurança e controle ambiental contínuo.

O secretário municipal de Limpeza Urbana, Sabá Reis, destacou:
“Foi na gestão do prefeito David que o aterro controlado chegou ao fim da vida útil e que essa transição se tornou obrigatória. Ele está entregando uma estrutura moderna, ambientalmente correta e preparada para transformar o resíduo da cidade em economia.”

Sabá ressaltou o impacto financeiro: “A usina terá capacidade de abastecer até 300 veículos por dia com biometano. Isso significa economia real para Manaus e um grande avanço na política ambiental da cidade.”

Com a conclusão da primeira célula prevista para 15 de novembro e o projeto avançando em todas as frentes técnicas, Manaus se consolida como referência em gestão de resíduos, produção de energia limpa e política climática, chegando à COP30 com entregas concretas, tecnológicas e alinhadas às metas globais de redução de emissões.

Foto: Divulgação

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