A Polícia Federal (PF) abriu, na última terça-feira (4), um inquérito para apurar uma suposta ameaça que teria partido do Comando Vermelho contra a obra da subestação de energia em Marituba, no Pará, uma das principais abastecedoras do estado.
De acordo com a PF, o objetivo é esclarecer se o caso representa um ato isolado ou se há ligação com a organização criminosa. As investigações ocorrem em conjunto com as polícias civil e militar do Pará.
Segundo o órgão, as medidas de segurança permanecem ativas no local, sem interrupção das atividades. A apuração foi aberta a partir de uma denúncia feita pela concessionária de energia Verene, responsável pela operação da subestação.
Como mostrou o jornal O Globo, em um “comunicado urgente”, a empresa relatou uma abordagem a funcionários da Belém Transmissora de Energia S.A. Um homem teria se identificado como membro da facção e exigido a suspensão imediata das obras de expansão da subestação, além da interrupção diária das operações no local a partir das 15h.
A denúncia ocorre em meio à presença de líderes mundiais em Belém para a COP30, conferência das Nações Unidas sobre mudança do clima.
PF reforça esquema de segurança para a COP30 em Belém
Nesta quinta-feira (6), a PF anunciou que estruturou uma operação logística e tecnológica de grande porte para garantir as condições de atuação da instituição durante a COP30.
O planejamento prevê o emprego de cerca de 1.100 servidores, 400 viaturas, 340 rádios, quatro telefones satelitais, 13 estações rádio base (ERBs) e dois sistemas de internet via satélite para assegurar conectividade e comunicação segura nas áreas de operação em Belém.
A estrutura inclui ainda meios navais, como jet skis, lanchas e equipes de mergulho, empregados em ações portuárias e de proteção de autoridades, além do monitoramento de rotas fluviais e marítimas — áreas estratégicas para o deslocamento das delegações internacionais.
“No campo tecnológico, a PF utilizará equipamentos de tecnologia avançada em operações de contramedidas eletrônicas e antidrone, operados por policiais federais especializados, com controle direto sobre dispositivos críticos de segurança”, informou o órgão.
(*) Com informações da CNN Brasil
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