O governo federal confirmou o fim dos embargos chineses à carne de frango do Brasil. A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira (7) pela Administração Geral da Alfândega da China (GACC).
“O governo chinês, por meio da Administração Geral das Alfândegas da China (GACC), retirou as restrições impostas à exportação de carne de frango do Brasil. A decisão, de efeito imediato, foi tomada com base nos resultados da análise de risco conduzida pelas autoridades chinesas”, diz a nota do governo federal.
A suspensão temporária das exportações foi adotada pela China em maio deste ano, após a confirmação do primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade em uma granja comercial no município de Montenegro (RS).
Desde 18 de junho, após a conclusão dos procedimentos de desinfecção da propriedade e o cumprimento de todas as medidas sanitárias exigidas, o Brasil mantém o status de país livre de influenza aviária de alta patogenicidade, confirmado pela Organização Mundial de Saúde Animal, já que nenhum novo caso foi registrado em granjas comerciais brasileiras.
Atualmente, apenas o Canadá mantém a suspensão total das importações de carne de aves provenientes do Brasil.
Impacto e preparação do governo
Apesar das restrições impostas por alguns países, com impacto direto nos produtores, o Ministério da Agricultura já estava preparado para a situação.
O vírus da gripe aviária não é novidade: ele já havia sido detectado em outras regiões do mundo, como Ásia, África e norte da Europa, além de ter sido identificado em aves silvestres e de subsistência no Brasil. Em 2025, apenas no Velho Continente, mais de 300 casos foram registrados.
Acordos internacionais
Desde 2023, o governo brasileiro adotou medidas de precaução, assinando acordos de regionalização com países como Japão, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Filipinas, mercados estratégicos para a balança comercial do setor.
O acordo com o Japão, por exemplo, foi assinado em março. Esses acordos permitem regionalizar eventuais suspensões nas exportações, reduzindo impactos econômicos aos produtores.
(*) Com informações da CNN Brasil
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