Um tornado causou destruição na cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no interior do Paraná, nesta sexta-feira (7). Até o momento, cinco mortes foram confirmadas e 432 pessoas ficaram feridas, segundo a Defesa Civil do Estado.
O Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) confirmou que o fenômeno meteorológico que devastou o município foi, de fato, um tornado. O órgão classificou a ocorrência preliminarmente como de índice F2, com ventos entre 180 km/h e 250 km/h. No entanto, há indícios de rajadas acima de 250 km/h, o que pode elevar a classificação para F3.
De acordo com o Governo do Paraná, o fenômeno foi provocado por um intenso sistema de baixa pressão atmosférica formado entre o Paraguai e o Sul do Brasil, que impulsionou o deslocamento de uma frente fria associada a um ciclone extratropical.
“Um intenso sistema de baixa pressão atmosférica formado entre o Paraguai e o Sul do País impulsionou ao longo da tarde e noite desta sexta-feira o deslocamento de uma frente fria, associada ao deslocamento de um ciclone extratropical do continente para o oceano. Por conta dessa combinação de sistemas foram registrados vários temporais severos sobre as regiões Oeste, Sudoeste e Centro-Sul do estado”, diz trecho do comunicado do Governo do Paraná.
Mortes e desaparecidos
Até o momento, quatro mortes foram confirmadas em Rio Bonito do Iguaçu e uma em Guarapuava. Outras pessoas seguem desaparecidas, e as forças de salvamento continuam recebendo informações de familiares sobre desaparecidos.
“Vamos continuar monitorando, analisando as imagens das fotos, imagens aéreas, em conjunto com a Defesa Civil, e se for o caso poderemos reclassificar a intensidade do fenômeno, pois foi extremamente severo”, explicou Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.
VÍDEO:
Ciclone deve seguir para o litoral
Segundo o Climatempo, o ciclone associado à frente fria pode provocar rajadas de vento acima de 100 km/h em Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. A previsão indica que o sistema se deslocará pelo mar até domingo (9), podendo afetar também o litoral do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.
As autoridades alertam para que a população evite áreas abertas e fique atenta a estruturas, árvores e fiações, devido ao risco de quedas e acidentes.





(*) Com informações da CNN Brasil
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