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Declaração

“Causa perplexidade como a Petrobras é tratada por Bolsonaro”, diz Serafim

Serafim deu a declaração um dia após o presidente fazer nova troca no comando da estatal

Serafim Corrêa (PSB)
Trata-se da terceira mudança no comando da estatal no governo de Bolsonaro, e a segunda neste ano. - Divulgação

Manaus (AM) – O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) afirmou na manhã desta terça-feira (24), que causa perplexidade a forma como a Petrobras, maior empresa da América latina, vem sendo tratada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Serafim deu a declaração um dia após o presidente fazer nova troca no comando da estatal.

Causa perplexidade a todos os brasileiros a forma como a Petrobras está sendo tratada. A Petrobras é a maior empresa da América latina. Mas a Petrobras tem dificuldades na questão do refino. Então hoje a Petrobras tem aquilo que todos os países do mundo gostariam de ter, mas nós estamos fazendo uma coisa equivocada. Nós vendemos a matéria prima e compramos o produto refinado. Ou seja, o filé está ficando para aqueles que vendem o combustível, porque o filé é o refino”, analisou o parlamentar durante discurso na sessão plenária da ALE-AM.

O Brasil tinha que fazer novas refinarias para que o nosso petróleo fosse refinado aqui. Na hora em que isso não é feito e o governo decide dolarizar o preço dos combustíveis eles disparam. E toda vez que o dólar cai o preço dos combustíveis não diminui de preço, continua alto”, completou o líder do PSB na Casa Legislativa.

Após 40 dias no cargo, José Mauro Ferreira Coelho foi demitido e, para o lugar dele, foi indicado Caio Mário Paes de Andrade, atual secretário de Desburocratização do Ministério da Economia.

Trata-se da terceira mudança no comando da estatal no governo de Bolsonaro, e a segunda neste ano.

Todo esse quadro já é adverso, já é ruim, mas aí vem a instabilidade do governo na relação com a Petrobras. Nomeou um presidente que tinha perfil liberal e ele entendia que deveria flutuar os preços de acordo com a variação do dólar, e fez isso. No momento seguinte, Bolsonaro nomeou um general, este assumiu e manteve a política de preço, Bolsonaro decidiu demitir o general e nomeou um técnico, aí 40 dias depois demite o técnico e nomeia outro técnico. Quer dizer, isso gera uma instabilidade, pensem numa empresa que em três anos e meio tem quatro presidentes? E nós não sabemos exatamente o que o governo quer e nem para onde ele quer ir. Enquanto isso acontece, o resultado é trágico, é muito ruim”, disse Serafim.

Para Serafim, o encarecimento dos combustíveis e o forte impacto dele na inflação do país têm resultado em desgaste para Bolsonaro, mas que declarações agressivas não vão mudar a política de preço.

*Com informações da assessoria

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