Manaus (AM) – O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Amazonas Energia, deputado estadual Sinésio Campos (PT), entregou ao relator da comissão, deputado estadual Carlinhos Bessa (PV), todos os documentos que apontam as irregularidades cometidas pela concessionária.
O material foi apresentado às 10h, desta terça-feira (24), no miniplenário Cônego Azevedo, da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).
Para Sinésio Campos, a CPI, antes mesmo de sua conclusão, já exibe resultados positivos. “Temos levantamentos e provas testemunhais dos crimes, dos desmandos, do desrespeito às leis por essa empresa. Vejo que, tanto na capital quanto no interior, foi provado que a Amazonas Energia não é uma empresa séria, devido ao seu desserviço junto à população”.
“Como presidente da CPI da Amazonas Energia estou prestando contas, visto que o grande protagonista é o povo”, complementou Sinésio Campos.
O defensor público, Christiano Pinheiro, destacou que a Defensoria Pública do Amazonas (DPE/AM) realizou diversas ações junto à comissão e que ainda pressiona a justiça pela retirada dos novos medidores.
“Nesse processo de CPI trabalhamos bastante, pois fizemos ação civil pública com pedidos de indenização por dano moral, social, retirada e proibição da instalação dos novos medidores, bem como a restituição em dobro dos valores que foram faturados indevidamente junto aos clientes. Agora, aguardamos que o Tribunal de Justiça se posicione para a retirada desses novos aparelhos e a gente possa dar uma resposta efetiva à população”
, falou Christiano Pinheiro.
O diretor-presidente do Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas (Ipem/AM), Márcio Brito, contou que estava feliz em contribuir com as investigações.
“A partir do momento em que o Ipem começou a participar das reuniões da CPI, nos aproximamos muito mais das reclamações e problemas dos consumidores. A população começou a ter conhecimento que o órgão oficial que deve emitir laudo sobre o medidor é o Ipem e não a Amazonas Energia. Estamos felizes com isso.”
Para o diretor-presidente do Instituto de Defesa do Consumidor do Amazonas (Procon/AM), Jalil Fraxe, as demandas enviadas por meio da CPI foram atendidas com prioridade.
“Temos o maior território da federação que vem sendo prejudicado com práticas de cobranças abusivas, apagões, cortes indevidos e isso prejudica não só os cidadãos, mas também o desenvolvimento social e econômico do Estado. Por essa razão participamos de todas as reuniões da CPI”
, falou Jalil Fraxe.
A partir de agora, o deputado estadual Carlinhos Bessa irá analisar toda a documentação repassada por Sinésio Campos e terá até o dia 30 de maio para a entrega do relatório final.
*Com informações da assessoria
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