Um levantamento da consultoria Mercer indica que 43% dos brasileiros buscam mais flexibilidade no trabalho, pensando principalmente em modelos de trabalho remoto e híbrido, quando há uma combinação do home office com o trabalho presencial.
O valor é menor que o resultado global, que levou em conta pesquisas em 16 países. Nesse caso, 60% dos entrevistados querem mais flexibilidade.
O estudo também aponta que 74% dos entrevistados acreditam que as empresas onde trabalham seriam mais bem-sucedidas se tivessem trabalhadores em regime remoto ou híbrido, e 80% afirmaram que a equipe trabalha melhor quando algumas pessoas estão no escritório e outras em casa.
Além disso, 43% se sentem mais conectados com os colegas quando estão trabalhando remotamente.
A questão também é relevante para as empresas, e a pesquisa aponta que os responsáveis pelos setores de recursos humanos no Brasil têm como maior preocupação os novos formatos de trabalho.
É um cenário diferente dos Estados Unidos e da Europa, em que as maiores preocupações são, respectivamente, a segurança digital e a aceleração digital. A pesquisa atribui as divergências às “diferenças de estruturas e cultura dos diferentes lugares”.
Globalmente, 80% dos executivos entrevistados estão preocupados com o impacto do trabalho virtual na construção de relações entre os funcionários, temendo que elas sejam menos sólidas e que possam afetar a vivência de valores e da cultura organizacional das empresas.
No caso da América Latina, 66% dos líderes de RH consultados indicaram apreensão com as mudanças nas interações sociais, acreditando que o trabalho remoto pode afetar a construção de relações mais sólidas.
Para o líder de Transformação da Mercer Brasil, Guilherme Portugal, “um dos motivos que explicam a preocupação dos líderes em manter o trabalho híbrido e remoto é a cultura latino-americana, que busca estabelecer relações, majoritariamente, por um contato mais pessoal”.
“Em países como Brasil, as interações de forma física são fundamentais para a construção e desenvolvimento das relações entre pessoas e empresas”
, afirma.
A pesquisa também aponta que temas como exaustão e esgotamento de colaboradores, redução de orçamentos, necessidade de implementar programas de “reskilling” e “upskilling” e implantação inadequada de novas tecnologias estão entre os principais desafios das empresas para atingir suas metas.
O estudo indica ainda cinco novas tendências que devem ser priorizadas na área de RH no brasil em 2022: investimentos em programas de saúde e segurança, investimentos na eficiência de planejamento dos funcionários, redesenho de modelos de operação de RH, revisão de modelos e pacotes de reconhecimentos e recompensas e colocar a agenda ESG no centro das propostas de transformação das empresas.
O “Estudo Global de Tendências de Talentos” está em sua sétima edição, e entrevistou 11 mil executivos, líderes de RH e colaboradores de 16 países e 13 indústrias. No Brasil, foram entrevistados 54 executivos, 103 líderes de RH e 514 funcionários.
*Com informações do CNN
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