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Editorial

A hora das mulheres

Nas eleições deste ano as mulheres possuem todas as condições, em muitos estados, para um salto maior

Divulgaçã. Créditos: |Débora Islas/CLAUDIA

Apesar das estatísticas desfavoráveis apontando o agravamento dos crimes de toda sorte contra elas, a verdade é que as mulheres brasileiras estão vivas e confiantes em uma grande performance no processo eleitoral deste ano.

No Amazonas, por exemplo, a presença feminina na Assembleia Legislativa (Aleam), antes de 2018 restrita à solitária deputada Alessandra Campêlo (PSC), saltou para uma bancada de quatro representantes: a própria Alessandra, mais Therezinha Ruiz (PL), Joana Darc (PL) e Mayara Pinheiro (Republicanos).

Nas eleições deste ano as mulheres possuem todas as condições, em muitos estados, para um salto maior, elevando sua presença e força nas Assembleias Legislativas, e, obviamente, no Congresso Nacional.

Mais do que nunca, elas precisam crescer no Parlamento, pelo fato de já serem gigantes no ranking de votantes. Segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o número de mulheres votantes atualmente é de cerca de 77 milhões, 7,5 milhões na frente do número de homens.

Segundo o Mapa das Mulheres na Política 2020, feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela União Interparlamentar (UIP), o Brasil ocupa o 140º lugar no ranking de representação feminina no Parlamento. Na América Latina, o país está à frente apenas de Belize (169º) e Haiti (186º). Lideram o ranking Ruanda (1º), Cuba (2º) e Bolívia (3º).

Um fato alentador, no entanto, são as candidaturas de mulheres indígenas que passaram de 432 para 695 nas eleições de 2018. Já as de travestis e mulheres transgênero cresceram de 82 para 294 candidaturas. No caso de mulheres pretas, as candidaturas passaram de 12.331 para 19.223 há quatro anos.

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