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Agronegócio

Bolsonaro: “Não precisamos da Amazônia para expandir agronegócio”

O presidente afirmou, nos EUA, que nenhum país possui legislação ambiental tão restritiva e destacou potencial agrícola do Brasil

Em discurso nos Estados Unidos, nesta sexta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu a política ambiental adotada no Brasil. Disse que nenhum país possui legislação ambiental “tão completa e restritiva” e destacou o potencial agrícola brasileiro.

“O Brasil alimenta 1 bilhão de pessoas, garantimos segurança alimentar de 1/6 da população mundial. Uma realidade: sem o nosso agronegócio, o mundo passaria fome. Brasil não apenas evitou uma crise alimentar, ao garantir acesso a fertilizantes, mas também desempenhou papel de liderança na busca de soluções internacionais em favor da segurança alimentar”,

afirmou Bolsonaro durante a Cúpula das Américas, realizada em Los Angeles, nos Estados Unidos.

“Somos um dos países que mais preservam o meio ambiente e suas florestas. Temos a matriz energética mais limpa e diversificada do mundo. Mesmo preservando 66% de nossa vegetação nativa e usando apenas 27% do nosso território para pecuária e agricultura, somos uma potência agrícola sustentável. Não necessitamos da região amazônica para expandir nosso agronegócio. Somente no bioma amazônico, 84% da floresta está intacta, abrigando a maior biodiversidade do planeta”, prosseguiu.

O mandatário brasileiro ainda frisou o tamanho da Amazônia brasileira e o respeito a compromissos internacionais:

“Nossos desafios são proporcionais ao nosso tamanho. Lembro que a área da região amazônica equivale a toda a Europa Ocidental. Nenhum país do mundo possui legislação ambiental tão completa e restritiva. Nosso Código Florestal deve servir de exemplo para outros países. Afinal, somos responsáveis pela emissão de menos de 3% de carbono do planeta, mesmo sendo a décima economia do mundo. Para proteção das florestas, o governo federal reforçou o combate ao desmatamento e estabeleceu a operação ‘guardiões do bioma Amazônia’, sob coordenação e controle do Ministério da Justiça. Com o lançamento do programa metano zero, fomos o primeiro país a implementar compromissos assumidos durante a COP26”.

Bilateral com Biden

O titular do Palácio do Planalto está nos Estados Unidos desde quinta-feira (9). O presidente participou da primeira sessão do evento que reúne, em Los Angeles, chefes e líderes de Estado do continente americano.

Também na quinta, Bolsonaro se reuniu com o mandatário norte-americano, Joe Biden, que fez questão de frisar: “O Brasil é uma nação que traz muitas oportunidades para ambos os países”. O chefe de Estado dos EUA prometeu ajuda no financiamento para a preservação da Amazônia.

Ao lado de Biden, Bolsonaro disse que o Brasil é “gigante” e possui grandes riquezas, como a Amazônia. E afirmou que o país “preserva muito o seu território”, mas que, por vezes, vê a soberania brasileira “ameaçada”.

“Por vezes, nos sentimos ameaçados na nossa soberania naquela área. Mas o Brasil preserva muito bem o seu território. Dois terços do Brasil são preservados. Mais de 85% da Amazônia também. A nossa legislação ambiental é bastante rígida, e fazemos o possível para cumpri-la, para o bem do nosso país”,

destacou.

Bolsonaro ainda salientou que o Brasil tem suas “dificuldades”, mas que seu governo faz o possível em relação ao meio ambiente.

“A questão ambiental, temos nossas dificuldades, mas fazemos o possível para atender aos nossos interesses e também, por que não dizer, a vontade do mundo. Mas, como disse, somos um exemplo para o mundo na questão ambiental”, afirmou.

Diante de Biden, o chefe do Executivo brasileiro também defendeu eleições “limpas, confiáveis e auditáveis”. Bolsonaro disse que chegou à Presidência do Brasil por meio da democracia e que tem “certeza” de que deixará o governo da mesma maneira.

“Este ano temos eleições no Brasil, e nós queremos, sim, eleições limpas, confiáveis e auditáveis, para que não sobre nenhuma dúvida após o pleito. E tenho certeza de que ele será realizado nesse espírito democrático. Cheguei pela democracia e tenho certeza de que quando deixar o governo também será de forma democrática”,

declarou o titular do Planalto.

*Com informações do Metrópoles

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