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BOICOTE

Cantor católico Gil Monteiro se assume gay e alega sofrer boicote da igreja

O cantor também anunciou que é casado há anos com o homem com quem se relaciona desde 2017

Foto: reprodução

O cantor e compositor cristão Gil Monteiro, conhecido na música católica, virou assunto entre as dioceses. Recentemente, o cantor realizou uma transmissão ao vivo em que assumiu ser homossexual. As informações são do Jornal Extra.

O cantor paranaense, radicado no interior de São Paulo, também anunciou que é casado há anos com o homem com quem se relaciona desde 2017.

“Fui convidado a não tocar em um evento da diocese na qual mais trabalhei até hoje. Foi uma ordem superior porque era ‘grave’ o que sou e o que fiz. O que sou e fiz? Eu sou gay. Estou num relacionamento há mais de cinco anos. Dentro dos meios que participava, isso nunca foi um problema e, de repente, se tornou. Aquilo me machucou muito, por isso, decidi falar”, destacou Gil, por meio de uma live publicada no Instagram.

Em seu perfil com mais de 40 mil seguidores no Instagram, Gil Monteiro usou o espaço na web para mostrar como as suas músicas já dialogavam com a sua orientação sexual e até o seu sofrimento silencioso. Porque antes de se assumir gay, o artista passou pelo próprio período de descobertas.

“Eu tenho terapia em dia, faço há seis anos. Porque nasci em lar católico, aprendi a vida inteira o que a Igreja aprova e desaprova. Cheguei a pensar que meu caminho iria ser padre, teria que viver a castidade, isso que a Igreja recomenda. Aí fiz acompanhamento vocacional. Mas ser padre não é minha vocação. Poderia ser boa fuga. Eu sou cantor, tenho espiritualidade, estaria nas paradas, até na Globo, mas não era meu chamado”, ressaltou.

O cantor e compositor também disse que sofreu boicotes por parte da Diocese, o que o fez ficar recluso por um tempo, mas, aos poucos, relembrou o seu propósito. Gil relatou ainda que, ao se assumir, viu algumas portas se fecharem, mas complementa que prefere viver pela liberdade de ser quem realmente é.

“Ouvi (da diocese) algo como: ‘Se Gil largar ‘isso aí’ pode cantar normalmente’. Eu poderia ter gravado outro projeto, tenho outras músicas de oração, enquanto estivesse no armário. Isso é o que mais acontece. É muita gente machucada, dilacerada. Ao me assumir, talvez esteja fechando portas. Não sei como será daqui para frente. Mas vivo pelo peso da liberdade, de não ter mais vergonha, não precisar cantar dentro de um armário. Eu quero que a música alcance muita gente. Minhas composições são de serviço ao próximo. Deus nunca me negou o espírito dele sabendo quem sou. Por isso, entendi que precisava transbordar e ajudar mais gente. Vim para construir pontes, e não barricadas”, complementou.

com informações do Extra*

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