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Morte

Famílias confirmam mortes de brasileiros em conflito na Ucrânia

Thalita do Valle e Douglas Búrigo lutavam como voluntários junto às tropas ucranianas

Divulgação

As famílias dos brasileiros Thalita do Valle e Douglas Búrigo confirmaram a morte de ambos durante a guerra na Ucrânia. Eles lutavam como voluntários junto às tropas ucranianas, mas faleceram após um bombardeio na cidade de Kharkiv.

Pessoas de diversos países foram até a Ucrânia para auxiliar na defesa do país, que foi invadido pela Rússia em 24 de fevereiro deste ano. Em junho, a Embaixada do Brasil em Kiev confirmou a morte do brasileiro André Hack Bahi, de 44 anos. Ele era de Eldorado do Sul (RS), e deixou cinco filhos.

Socorrista, atriz e modelo

Thalita do Valle nasceu em Ribeirão Preto (SP), tinha 39 anos, foi atriz mirim, modelo e fez enfermagem. Ela também era ativista pelos animais e participava de uma ONG.

De acordo com a família, Thalita “sempre teve curiosidade em armas e entrou para uma escola de tiro”. Além disso, “participou de eventos no Srilanka, na África, tentando mudar a situação das mulheres lá. Foi para o Curdistão para cuidar de animais e crianças”.

Ela também auxiliou nas operações de resgate de animais após o rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, e na enchente de Petrópolis, no Rio de Janeiro.

Ainda segundo a família, Thalita foi convidada para ir à Ucrânia por um amigo militar. Inicialmente, aceitou ser socorrista, mas, conforme viram a habilidade da brasileira para utilizar armas, ela foi deslocada para o front de batalha.

Mesmo com pedidos para que ela voltasse para o Brasil, Thalita permaneceu na Ucrânia. Segundo as informações repassadas à reportagem, o pelotão em que estava se separou após um bombardeio, e ela ficou escondida em um bunker. Douglas, então, foi ajudá-la, mas acabou sendo atingido. A brasileira tentou socorrer o colega, mas faleceu por inalação de fumaça e gases na madrugada do dia 2 de julho.

No dia 9 de julho será celebrada a missa de sétimo dia de Thalita.

A família disse que o Consulado brasileiro entrou em contato, mas não o Planalto e o Itamaraty.

O exército, por sua vez, afirmou à família que se compromete a realizar o reconhecimento do corpo, deixando para os familiares a decisão de receber o caixão ou o corpo cremado.

Ex-militar também morreu durante bombardeio

Douglas Búrigo era um ex-soldado do Exército Brasileiro, natural do Rio Grande do Sul, tinha 40 anos e era proprietário de uma borracharia próxima a São José dos Ausentes (RS). A prefeitura decretou luto oficial de três dias em 4 de julho.

Ele frequentou a Escola Agrotécnica Federal de Alegrete, do Instituto Federal de Farroupilha.

Búrigo serviu o Exército em Uruguaiana (RS) e, após o período, foi trabalhar como caminhoneiro.

Familiares e amigos afirmaram que o falecimento é “uma perda irreparável” e “dor insuportável”. Em relato à CNN, ele foi descrito como alguém “cheio de vida e alegre”, que “queria sempre ajudar os outros”.

A CNN entrou em contato com o Itamaraty para comentários sobre as mortes dos brasileiros, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.

*Com informações da CNN

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