Brasília (DF) – Em publicação feita nesta segunda-feira (11) nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou de “vagabundo” o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante por estuprar uma grávida durante a cesariana.
Na publicação, o chefe do Executivo federal lamentou que a Constituição brasileira não permita prisão perpétua e defendeu que o médico “apodreça para sempre na cadeia”.
O médico foi preso em flagrante na madrugada desta segunda, no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Giovanni é acusado de estuprar uma grávida durante uma cirurgia cesariana. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.
Em vídeo feito por funcionários do hospital, gravado na noite de domingo (10), é possível observar que Giovanni coloca o pênis na boca da vítima, que estava desacordada. O ato dura cerca de 10 minutos, e ele, em seguida, limpa o rosto da mulher.
O médico já havia participado de outras cirurgias ao longo de domingo, e levantado suspeitas pelo seu comportamento e pela quantidade de sedativo que dava para grávidas. Ele foi preso pela Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti.
A Secretaria Estadual de Saúde e a Fundação Saúde do Estado do Rio afirmaram “repudiar veementemente a conduta do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra” e se colocaram “à disposição da polícia”.
Os órgãos informaram que será aberta uma sindicância interna responsável pelas medidas administrativas e que o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio (Cremerj) foi notificado.
O Cremerj confirmou que recebeu as denúncias e abriu “imediatamente um procedimento cautelar para suspensão imediata do médico, devido à gravidade do caso”. O conselho também afirmou que processo ético-profissional foi instaurado e que poderá resultar na cassação de Giovanni.
Em nota, a defesa do médico diz que aguarda acesso à íntegra dos depoimentos para se manifestar.
*Com informações do Metrópoles
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